tag:blogger.com,1999:blog-8648271808411331785.post562781610242148316..comments2023-12-12T06:33:09.677-03:00Comments on Economista X: Disputa de pênaltis II: estratégias mistasAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/07571790257617824908noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-8648271808411331785.post-35023464301125094372014-07-06T17:08:13.242-03:002014-07-06T17:08:13.242-03:00Muito legal,
Mas Mauro, me tira uma dúvida. Quand...Muito legal,<br /><br />Mas Mauro, me tira uma dúvida. Quando você escolhe estratégias mistas significa que você vai aleatorizar as suas escolhas, certo? Se isso é verdade, por que o Sócrates não poderia repetir a cobrança no lado direito do goleiro? Ele não tem que bater alternadamente, ele tem que ser consistente com a estratégia ao longo de várias penalidades.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8648271808411331785.post-21105507055011252262014-07-03T10:37:22.852-03:002014-07-03T10:37:22.852-03:00Mauro,
não guardei minhas anotações ou referência...Mauro,<br /><br />não guardei minhas anotações ou referências do curso, tenho apenas os artigos que salvei para ler (provavelmente, uma pequena parte do material indicado). O único que trata de futebol me parece estar na mesma linha dos já citados por você, é "What happens in the field stay in the field: professionals do not play minimax in laboratory experiments" de Steven Levitt, John List e David Reiley. Tem um sobre tênis, que é "Minimax play at Wibledon", de Mark Walker e John Wooders (o professor do curso).<br />Sobre a paradinha, o ponto do professor era de que, basicamente, a paradinha mudava o jogo. O que era um jogo com informação imperfeita (já que o goleiro não pode esperar para ver para qual lado o jogador irá chutar para depois cair porque aí certamente cairá atrasado) passa a ser um jogo com informação perfeita para o artilheiro, que sabe para qual lado o goleiro caiu. A paradinha mudaria a estrutura do jogo e, por isso, na opinião do professor, não deveria ser permitida. <br /><br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8648271808411331785.post-39507896599623828912014-06-27T12:26:07.592-03:002014-06-27T12:26:07.592-03:00Eu, que tenho um entendimento de leitor comum da e...Eu, que tenho um entendimento de leitor comum da economia, adoro essas paradas dos economistas no futebol. <br /><br />Caro anônimo, a FIFA proibiu a paradinha em 2010. Não consta que tenha revertido. Quem inventou foi Pelé. Essa questão de como bater pênaltis é, claro, tão antiga quanto o futebol. A grande sacada intuitiva do Pelé foi a de ganhar uma vantagem sobre o goleiro com a paradinha. Se a questão era acertar os cantos ou o centro do gol, a paradinha mostrou-se empiricamente muito eficaz. <br /><br />Eu gostaria muito de saber mais detalhes do que vocês discutiram sobre a paradinha no minicurso. Se tiver mais o que dizer, por favor, não se acanhe.<br /><br />Post muito legal, Mauro. <br /><br />Eu gostaria de ler algo nessa linha do post examinando, por exemplo, a seleção do Chile, que tem um time e um futebol espetaculares. <br /><br />Tostão é de longe o melhor cronista de futebol. Na crônica de hoje (A voz do mestre) ele fez uma previsão:<br /><br />"Se o Brasil for campeão, vai contrariar a máxima de que o jogo se ganha no meio-campo. A passagem da bola é feita pelo alto e em lançamentos longos. Como o Chile avança a marcação e deixa espaços atrás, aquilo de que Neymar mais precisa, os chutões podem dar certo.<br /><br />Mano Menezes, em uma entrevista, tempos atrás, disse que o técnico Bielsa, do Chile, foi irresponsável, na Copa de 2010, ao atacar demais o Brasil.<br /><br />Mano, extremamente racional, não entendeu a outra lógica. Bielsa pensou que seria melhor tentar ganhar o jogo do jeito que gosta, o que seria grandioso, mesmo correndo o risco de levar uma goleada, do que fazer uma retranca e perder de 1 a 0. Sampaoli vai seguir a voz de seu mestre."<br /><br />Para quem não assinante da FSP, ler aqui<br /><br />http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/tost%C3%A3o/voz-do-mestre-1.872591<br /><br />O Chile e o mundo que gosta de futebol sabem que há uma deficiência insuperável na seleção do Sampaoli: os caras são baixinhos. <br /><br />Em 1962 o Brasil fez 4X2 contra o Chile. Três foram de cabeça, um de Garrincha. Quem viu Garrincha "pernas tortas" jogar imagina que esse talvez tenha sido o gol mais inusitado no mundo do futebol.<br /><br />Em novembro em Montreal o gol de cabeça jogou novamente o papel de carrasco da seleção do Chile. Brasil venceu por 2X1.<br /><br />Ambos os técnicos e os seus jogadores sabem disso muito bem. Então é previsível que Sampaoli não mude seu modo de jogar, e vai partir para cima explorando as deficiências do adversário, como sugeriu Tostão. E é previsível que a seleção do Brasil vai explorar as bolas altas.<br /><br />Desculpe se não fui muito claro ao formular minha questão. É possível quantificar essa previsibilidade e traçar cenários com base na teoria dos jogos? Ou essa ferramenta de análise é de uso mais restrito a aspectos isolados do futebol, como o caso dos pênaltis?<br />paulo araújonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8648271808411331785.post-804238499660562332014-06-27T12:25:04.000-03:002014-06-27T12:25:04.000-03:00Vi aqui a recomendação do site FiveThirtyEight. Mu...Vi aqui a recomendação do site FiveThirtyEight. Muito legal. Ontem li um artigo a respeito do tempo de prorrogação que, como explica o articulista, é algo meio difícil para o torcedor americano entender. Ele explica ao leitor que a subjetividade é um elemento preponderante e inextirpável no futebol. <br /><br />E de quebra forneceu um dado para mim surpreendente, referido ao tempo de bola efetivamente corrida e efetivamente parada.<br /><br />Em 36 partidas de jogos da copa, chega-se a uma média de 96 minutos de jogo. Nesse tempo, a bola ficou parada 42,2 e correu 53.3 minutos.<br /><br /><br />No primeiro tempo a média é 19.7 minutos de bola efetivamente parada contra apenas 1.9 de prorrogação. No segundo tempo, a média de 22,5 contra 4.1. É muito interessante acompanhar as análises que o articulista faz a partir desses números e outros números. <br /><br />Por exemplo, o articulista sugere que o Klisnmann fez uma cagadinha (a expressão é minha) que mudou a sorte da seleção americana no jogo contra Portugal. Ele teria feito uma substituição segundos antes do 4º árbitro anunciar o tempo de prorrogação. O articulista especula ( ele reconhece que a hipótese é difícil de ser verificada porque a FIFA não disponibiliza a informação do momento exato em que o 4º anuncia) se essa substituição poderia ter alterado o tempo de prorrogação de 4 para 5 minutos. Enfim, não fosse a cagada, o belo passe do Ronaldo para o Varela não existiria, não haveria gol e os EUA teriam garantido a classificação. Coisas do futebol. <br />paulo araújonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8648271808411331785.post-25478868081165669402014-06-26T23:01:35.359-03:002014-06-26T23:01:35.359-03:00Interessante. Vc pode me passar as referências?Interessante. Vc pode me passar as referências?Mauro Rodrigueshttps://www.blogger.com/profile/15393385507356089374noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8648271808411331785.post-8079007686500475502014-06-26T14:36:11.105-03:002014-06-26T14:36:11.105-03:00No minicurso de economia experimental que teve no ...No minicurso de economia experimental que teve no II workshop de teoria dos jogos aí na USP, teve pelo menos uma aula inteira sobre pênaltis. E uma das coisas interessantes que o professor tentou mostrar é que, além da melhor estratégia ser a mista, os craques conseguem aleatorizar seus chutes mais do que as pessoas "normais". Uma pessoa normal, mesmo quando adota uma estratégia mista, tende a adotar uma sequência que não é de todo aleatória (mesmo sem perceber). Por exemplo, chuta sempre dois chutes para um canto, depois cinco para outro e depois três para o primeiro canto, de modo que, se você estuda o comportamento passado, consegue apreender qual seu comportamento. Um craque tem a capacidade de aleatorizar de fato, no sentido de que, mesmo você estudando o comportamento passado dele, pode conhecer até a proporção de chutes para cada lado, mas não conseguirá prever para qual lado ele vai chutar agora dado os chutes anteriores. Outra coisa interessante que foi discutida é aquela paradinha que eles davam (não sei se ainda é permitida) antes de chutar e como ela muda o jogo. Não entendo nada de futebol, mas nunca esqueci a aula (apesar de poder ter entendido tudo errado). Anonymousnoreply@blogger.com