segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Gangnam Style

Isso já é antigo -- até porque a febre do PSY já passou há algum tempo -- mas achei divertido. The Economist estimou o que poderia ser construído com o tempo que as pessoas gastaram assistindo ao vídeo de Gangnam Style no Youtube -- 2 bilhões de visualizações, de um vídeo de 4:12 minutos, o que dá mais de 140 milhões de horas. Abaixo o gráfico da The Economist, dando exemplos do que poderia ser feito:


Para os puristas de sempre, calma... A conta acima é quase que uma brincadeira. Por exemplo, não leva em conta qual a perda de deslocar um trabalhador de escritório para construir um porta aviões, nem diferenças na produtividade do trabalho, etc. Além disso, muitas das pessoas assistindo ao vídeo são crianças.

Mas ilustra o ganho de bem estar do vídeo de PSY. E que as restrições a esse tipo de produto -- que são normalmente defendidas por se tratar de cultura de baixa qualidade -- são realmente custosas. 

Link para a matéria da The Economist aqui. Aliás, a revista também está vendendo camisetas com o gráfico acima.

5 comentários:

  1. Certa vez cometei com um colega petista algo parecido, mas em relação aos protestos de julho de 2013: Quantas horas de trabalho foram desperdiçadas e o que poderia ter sido feito com todo esse potencial?

    Fui taxado de reacionário e perdi o amigo.

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    1. Caso não tenha sido piada sua, acredito que seu (ex-)amigo tenha razão.
      Mas não precisava acabar com a amizade, né?
      Por um mundo em que esquerdistas e direitistas possam ser amigos, ainda que firmes em cada lado do espectro ideológico!

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    2. Se as pessoas decidiram ir a um protesto, quer dizer que o valor disso para elas é maior do que o salário horário. Na ausência de externalidades, é eficiente protestar. Ou seja, não dá para falar em desperdício.

      Eu acho que tem externalidade: violência, trânsito etc. Mas não sei se, na conta de eficiência, é capaz de compensar o ganho acima.

      Por fim, seu amigo petista não pode ser a favor dos protestos. Eles eram contra o governo.

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    3. Ora, se os agentes são avessos ao risco e, ainda assim, há protesto, deve haver ganho de utilidade que compense as externalidades. Isso porque elas não miram apenas o curto prazo. Ou, ainda, acreditam que o longo prazo estará em risco maior (piora grande dos serviços públicos por não haver pressão nas manifestações) do que o risco implicado no curto prazo (enfrentar violência, causar transtornos no trânsito etc.).

      Por outro lado, não me parece óbvio que um petista não poderia ser a favor do protesto. Sobretudo porque o protesto era "contra todos" (incluindo aí o governo do Estado de São Paulo, no nosso caso). Vale dizer, as manifestações só tomaram a proporção que tomaram depois de um policial militar ferir uma jornalista; e polícia militar é atribuição do estado, não da federação.

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  2. Dava pra ter colocado essas crianças para lutar contra o ISIS. Garanto que seria mais educativo.

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