sexta-feira, 25 de julho de 2014

Que Ata !

Sempre cochilo lendo as Atas do Copom. É bem chata a leitura, e repetitiva.
Pois eu ia lendo essa última, às vezes acordado, às vezes não, quando cai no item 31.
Os caras dizem com todas as palavras: "ei, não vou derrubar juro não enquanto inflação não convergir!"

Humm...

Faria sentido subir um pouco mais esse juro aí. Nas minhas estimativas ele está no neutro. Mas prometer não cair já ajuda, até porque a curva inclina e o que importa para demanda é juro longo, de mercado. Ok, Tombini, mas veja lá hein! Não pode reduzir a Selic se a inflação (fingers crossed) em 2016 embicar para 5,5%. Não dá pra dizer "esqueçam o que eu escrevi", beleza chefe?  

7 comentários:

  1. Tão preocupado com a inflação que liberou me pouco de compulsório.

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  2. Pois é, isso que eu ia falar. Com o Tombini, não precisa esperar nem 2015 para o discurso mudar.

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  3. O BC fez isso em 2012 e teve seu aprendizado. Não cortará os juros assim que a inflação ceder pra baixo de 6%, vai esquecer a meta de PIB nominal um pouco e ser mais duros com o governo. Também, por conta da redução do compulsório, não compro a idéia do BC novamente vulnerável às pressões. Acho medida boa e com impacto limitado hoje. Enfim, o BC sabe que a Selic é o instrumento, tem usado com certo atraso mas tá em 11%. E em 2015 teremos finalmente um choque de oferta com fraqueza na demanda para o próximo BC enfrentar.

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  4. Dudu,

    Meu post tem a ver com seus posicionamentos recentes, que vem me irritando um atrás do outro. Vou chamar o X (de verdade, não você quando se faz de X).

    1- PM já está atuando na desaceleração da economia, junto com a confiança, é claro. Se sua estimativa de juro neutro (e sua crença nela) te diz outra coisa, uma pena, vc está errado.

    2- a confiança negativa se retroalimenta. Achar que é a atuação do governo que está causando a segunda derivada negativa da confiança é pura ignorância.

    3- Não é o fiscal que não deixa a inflação cair no Brasil, são as expectativas. Dito de outra forma, não é componente de hiato, mas o expectacional que está falando mais alto. Ah, se vier falar de suas estimativas de produto potencial ou de NAIRU, peço pra sair...

    4- BC está correto neste momento. Você aprendeu a criticá-lo nos últimos tempos (merecidamente) e agora se comporta assim por inércia. Subir mais o juro? Economia está andando de lado, quase em recessão e você me fala isso... Zero talento pra policy...

    Abs brô,

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    1. Seu comentário se destaca pela arrogância, não pela discordância.
      Abs, brô

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    2. E você em particular deveria se achar menos o rei da cocada preta. Como sabemos, o erro quadrado médio das suas análises anda elevado...

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  5. Carlos Eduardo,

    Tenho pesquisado sobre essa questão que você falou, qual seja: "o que importa para demanda é juro longo, de mercado".

    Pela literatura que levantei e pelas estimações que fiz, tendo a não concordar com essa frase, tão repetida nas discussões que participo. A taxa curta, por vezes dá muito mais significativa do que taxas longas, de mercado. Teoricamente até faz sentido as taxas longas afetarem mais fortemente, pelo fato do crédito ali se basear, mas empiricamente tenho minhas dúvidas...

    abs

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