É assim. Você divulga um estudo com um resultado exagerado; algo com potencial de gerar polêmica. Preferencialmente sobre percepção e valores. Tipo assim: "85% dos brasileiros acreditam que quem põe Hellmann's no sanduíche vai queimar no fogo do inferno". Vai ser um frenesi. Seu nome vai cair na boca do povo. Aí, uma semana depois, você divulga uma errata falando que trocou os números e que não era exatamente o que você falou -- apenas 25% acreditam nisso. Não importa que será meio vexaminoso. Falarão de você de novo. Mal, mas que falem - como diz a máxima.
Posi foi praticamente isso o que o IPEA fez nos últimos dias.
Segundo nota divulgada pelo instituto, por conta de uma troca nos gráficos da pesquisa divulgada, o resultado divulgado recentemente está errado. Os percentuais corretos são 26% concordam com a afirmação de que "mulheres gostosas que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". 70% discorda total ou parcialmente (?).
Nem adianta falar que os resultados qualitativos permanecem verdadeiros e que o resto da pesquisa continua válido...a credibilidade foi pro saco e junto com ela a confiabilidade de qualquer coisa que sai desse estudo, e provavelmente de tudo que o IPEA divulgue nos próximos meses, anos....
A boa notícia é que o diretor da área social do IPEA (será que é o cara encarregado de organizar os "happy hours" do IPEA? Just asking...) pediu a sua exoneração do cargo assim que o erro foi detectado. Isso mostra que ainda há gente séria e decente no mundo...
As mulheres podem ficar tranquilas agora com o novo resultado. Pois ele sugere que a probabilidade de ser estuprada por usar roupas curtas é bem menor do que o número inicial divulgado sugeria. Minha esposa (foto abaixo) agradece!
As mulheres podem ficar tranquilas agora com o novo resultado. Pois ele sugere que a probabilidade de ser estuprada por usar roupas curtas é bem menor do que o número inicial divulgado sugeria. Minha esposa (foto abaixo) agradece!
Sérgio,
ResponderExcluirGosto dos seus posts, mas o blog ganharia mais credibilidade se não houvesse pelo menos uma foto de bunda e/ou peito de mulher em todos eles.
Dá a entender que vc não percebe o quão machista e inadequado está sendo...
Abraço, Luísa
Discordo.
ExcluirTira o senso de humor da gaveta Luísa.....hahaha
Excluirtambém discordo neste caso específico, a foto está dentro do contexto da pesquisa e do post. Agora voltando ao que realmente importa, lamentável essa história e suas consequências para a já abalada credibilidade do IPEA.
ExcluirNão concordo nem discordo, muito pelo contrário.
ExcluirPõe uma foto de um cara sendo castrado para ver se o senso de humor do Carlos Cotrim não vai para a gaveta. Simplesmente tão ofensivo quanto para nós.
ExcluirPosso xingar uma pessoa que usa um argumento canalha que compara uma mulher exibida com mutilação genital?
ExcluirPode xingar só reforça o argumento que quando é com vocês é sério quando é com mulher é humor.
ExcluirTks Sérgio
ExcluirFor the photo i mean
Luísa,
ExcluirObrigado por suas considerações. Sou sensível ao seu argumento. Vou ponderar sobre ele. Obrigado também por apontar que tem foto de bunda e peito em todos os meus posts. Não sabia disso.
Isso tem que botar na conta do gestor: o PT.
ResponderExcluirDe pokinho em pokinho vamos destruir o IPEA.
Eu não li o post, mas parabéns pela sua esposa. Hahahah!
ResponderExcluirAcho que a Luísa trabalha no IPEA, nem 10% dos posts do Sergio tem fotos de bunda e peito (infelizmente, diga-se de passagem)...
ResponderExcluirMas que merda de publicação, meu caro! Com essa teoria da conspiração, quem me parece intentar virar celebridade é você (apesar do erro do IPEA ser amadoramente ridículo...)!
ResponderExcluirDevagar, crianças. Não é difícil pensar em uma lista de economistas medalhões que já passaram por micos semelhantes (de eminentes professores de Harvard e MIT até outros blogueiros irrelevantes). Recomendo dar uma olhada no seguinte blog: http://retractionwatch.com/page/2/ . Muito me orgulha ver lá que papers de economia nunca são retracted, o que confirma a seriedade e competência de nossos pesquisadores (só que não.).
ResponderExcluirAbs.