segunda-feira, 28 de abril de 2014

Os ricos tomam mais risco do que os pobres? Um estudo com "dados naturais"


Os economistas há muito se interessam por entender a atitude das pessoas com relação a risco. O interesse de longa data é compreensível: virtualmente todas as decisões econômicas pelas quais se interessam -- que carreira seguimos, quanto investimos em educação, com quem casamos, como gastamos nossa renda e onde investimos, como e qual instrumento de política monetária usar etc etc -- envolvem algum tipo de incerteza mensurável. Entender as escolhas econômicas que as pessoas (numa "capacity" governamental ou não) fazem passa, portanto, por entender como elas lidam com risco e incerteza.

Aversão a risco e riqueza
Uma dimensão particularmente importante é a relação entre riqueza e risco. O que acontece com nossa disposição a tomar risco quando ficamos mais ricos? Entender a relação entre aversão a risco e riqueza parece um detalhe pequeno no mar de questões "em aberto" na literatura econômica. Mas não é. As hipóteses sobre como as atitudes com relação a risco dos indivíduos se modificam com a mudança de riqueza são centrais em uma grande variedade de modelos econômicos e financeiros. Por exemplo: modelos de como a decisão de poupar respondem à incerteza associada a choques idiosincráticos na renda podem gerar conclusões qualitativamente diferentes em termos de planos de consumo e investimento, dependendo do efeito da riqueza na aversão a risco do indivíduo implícita na forma funcional da função utilidade adotada (i.e., se a aversão relativa e absoluta a risco cresce ou não com o aumento da renda e da riqueza). 

"Tá tudo dominado" -- só que não
O leitor deve imaginar que a questão já está resolvida. Primeiro por causa da  importância teórica, já que os resultados de muitos modelinhos econômicos são sensíveis à relação entre aversão a risco e riqueza. Segundo porque parece meio óbvio -- ou pelo menos é o que nossa intuição sugere -- que o sujeito rico será muito mais tolerante ao risco do que era quando pobre. 

Mas a questão, ao menos empiricamente, está longe de ter sido resolvida. 

Os estudos empíricos sobre como a aversão a risco é afetada pela riqueza são relativamente escassos, inconclusivos e quase todos usam dados com limitações relativamente sérias. Há estudos que mostram evidência de que o aumento da riqueza tende a elevar a disposição das pessoas a tomarem riscos. Outros estudos sugerem que a aversão a risco aumenta com a riqueza ou mesmo que não têm nenhum efeito significativo sobre a disposição das pessoas a tomarem risco. Até estudos baseados em experimentos de laboratório são similarmente inconclusivos -- eu mesmo cheguei a fazer um desses durante o doutorado com resultados limitados.

Mesmo que as coisas não apontassem em direções distintas, é possível dizer que esses estudos fornecem evidência pouco sólida: muitos estudos usam dados coletados a partir de questionários com questões hipotéticas ou dados experimentais de laboratório que medem riscos com base em escolhas envolvendo riscos pequenos e grupo demográficos não-representativos da população. 

E agora, quem poderá nos salvar?
Mauro Rodrigues, Marcos Rangel e eu resolvemos atacar essa questão com dados diferentes -- dados provenientes de um contexto natural de decisão que pudessem mitigar várias das limitações dos estudos existentes. Resolvemos investigar a relação entre riqueza e aversão a risco olhando para o comportamento dos motoristas quando estes estão dirigindo em avenidas com "lombadas eletrônicas" -- esses dispositivos eletrônicos que as autoridades de trânsito utilizam para controlar a velocidade dos veículos (foto ilustrativa abaixo).


Hipótese de Identificação
Mas onde está o risco e onde está a riqueza aí nesse contexto? Bom, todo mundo já deve ter percebido que muitos motoristas, quando passando por essas lombadas, frequentemente reduzem a velocidade de seus veículos para níveis muito abaixo do limite de velocidade indicado pelos sinais de velocidade. Nossa hipótese é que essa redução de velocidade engendrada pelo motorista reflete em alguma medida sua aversão ao risco e incerteza da acurácia dos instrumentos de mensuração de velocidade -- tanto o odômetro do veículo quanto do equipamento fiscalizatório externo. Quanto maior for a redução, maior seria a aversão a risco (de multa) do indivíduo.

Sobre a riqueza, parece ser razoável assumir que o nível de riqueza e o valor de mercado do veículo  dos motoristas comovem na mesma direção. Isso nos permite então usar como medida aproximativa da riqueza do indivíduo o valor de mercado do seu veículo (isso nem precisa ser verdade para 100% dos motoristas).

Esses dados envolvem quantias relativamente altas de dinheiro ``em jogo'' (as multas podem chegar a centenas de reais) e, acreditamos, capturam atitudes das pessoas com relação a risco em um ambiente natural e realista de observação.

Research Design
Ao longo de uma semana, por cerca de 8 horas diárias, coletamos dados sobre velocidade e características de veículos em quatro pontos da cidade de São Paulo (bairro do Alto da Lapa). Em dois desses pontos (pontos 2 e 3 do mapa abaixo) havia equipamento de aferição de velocidade instalados pela Companhia de Tráfego da cidade. Nos outros dois pontos não há lombada eletrônica. Dados nesses pontos servem como um "teste placebo", pois que nesses pontos não deveríamos observar nenhuma relação entre velocidade e preço do veículo -- o que, se for o caso, nos ajuda a excluir algumas hipóteses concorrentes para explicar os resultados observados nos pontos com lombada eletrônica (logo a seguir falo dos resultados).


Esses dados foram coletados com a ajuda do equipamento da empresa Lasertech do Brasil -- conseguimos finan$$iamento da FAPESP e do CNPq. Eles possuem um equipamento, a microdigicam, que fotografa e mede a velocidade dos veículos nas estradas (ver foto abaixo).


Camuflagem
Em um "estudo piloto" (uma espécie de ensaio, que serve pra checar o que pode dar errado), descobrimos que esse equipamento aí não poderia ficar ao ar livre. Os motoristas acreditam tratar-se da CET, o que criava dois problemas. Primeiro que eles mudavam o comportamento ao perceberem que estavam sendo observados -- o chamado "efeito Hawthorne". Segundo porque muitos motoristas xingavam e ameaçavam nossa equipe. Pra tentar mitigar o problema, resolvemos camuflar as câmeras com tripé e tudo mais colocando-os dentro de containers de lixo. A ideia era que a camuflagem fosse vista como um elemento comum da "paisagem" (ver foto de equipamento camuflado em um dos pontos abaixo).


Fazer ciência pode ser perigoso...
A identificação da USP nos containers de lixo não está aí por acaso. Foi introduzida quando o estudo principal já estava em andamento. Foi uma tentativa de acalmar motoristas e motoqueiros enfurecidos que ameaçaram bater na equipe e destruir o equipamento acreditando tratar-se de radar da CET. Infelizmente, em um dos confrontos mais tensos com alguns deles, a polícia apareceu antes que começássemos a distribuir osotogaris e ippons seio nagues nos motoboys.


Resultados
A análise estatística dos dados mostra que nossa medida de "propensão a tomar risco" está positivamente correlacionada com a proxy para seu nível de riqueza. Ou seja: os motoristas dirigindo os carros relativamente mais caros são também os motoristas que tendem a dirigir mais velozmente. Esse resultado é consistente com uma função de utilidade cujo parâmetro que captura a propensão a tomar risco do indivíduo aumenta à medida que sua riqueza cresce. Esse resultado é robusto à introdução de controles para os dias e períodos de observação e para a exclusão de veículos alugados, e de grande porte (caminhões e ônibus). Nos pontos de observação onde não há lombada eletrônica, o coeficiente da variável "preço do carro" não é estatisticamente significativa. O resultado desse "placebo" nos permite excluir, por exemplo, a história que os resultados nos pontos com lombada eletrônica estão sendo governados por habilidade.


Ameaças à validade dos resultados
O "calcanhar de Aquiles" da nossa investigação é mesmo nossa medida de aversão a risco. É bem provável que exista aí outras coisas -- custo de oportunidade, confiança no odômetro do veículos, inattention -- que não apenas aversão a risco. Endereçar esses potenciais problemas e receber outros tipos de feedback das pessoas em conferências e seminários ante de submeter isto à uma revista será nossa tarefa ao longo dos próximos Zeus sabe quantos meses. Quem tiver algo para falar (de preferência ruim, mas bom vale também) é mais do que bem vindo a fazê-lo na seção de comentários.

27 comentários:

  1. Opa, peraí. Carros mais baratos têm motores menores e são mais lentos. Carros mais caros têm motores maiores e são mais rápidos. Como expurgar esse efeito?

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    1. Acredito que pelo fato de a lombada eletrônica ser 30, 40, 50 km/h, isso não é significante dado que qqer carro 1.0 chega a 120km/h sem problemas.

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    2. Carros mais caros, em geral, tem maior torque e melhores freios o que dá mais controle da velocidade ao motorista, o que por sua vez incentiva mais velocidade.

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  2. Muito legal Sérgio.

    Acho que isso corrobora a tese de que motoristas mais ricos não se importam com o valor da multa, certo?

    Acho que isso em boa parte explica porque os motoristas "mais ricos" são os mais propensos a andar em acostamentos nas rodovias e furar o corredor exclusivo em SP.

    Não seria interessante a adoração de valor nominal da multa como percentual do valor do veículo para coibir esses comportamentos?

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  3. Interessante o trabalho. Basicamente, o que vcs têm é: diferencial entre velocidade permitida e velocidade aferida é inversamente proporcional ao preço do carro.

    O placebo, pelo que eu entendi, demonstra que velocidade e preço do carro não estão correlacionados. Entretanto, não é um placebo perfeito, visto que as condições são distintas. Se a ideia do paper é sobre risco da sanção faz o motorista baixar a velocidade, um placebo deveria mostrar uma condição onde o motorista baixa a velocidade sem o risco de sanção. Minha ideia seria medir o diferencial do motorista antes de uma vala ou lombada não monitorada. Veja que vcs também poderiam medir a proporção dos carros que arranham o assoalho no asfalto, que pode servir de uma medida de qualidade do veículo/motorista. Se esse placebo funcionar, ou seja, preço do carro não está correlacionado a velocidade que o motorista passa pela lombada ou risca o seu assoalho, a conclusão da lombada eletrônica parecerá causada pela aversão ao risco à multas.

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  4. Como vcs dão conta da diferença do valor relativo da multa em relação à renda das pessoas?

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  5. As pessoas que de fato gostam de dirigir costumam gastar mais dinheiro em seus carros, diferentemente daquelas que comprar seus carros apenas como meio de transporte. É de se esperar que o primeiro grupo apresente não só um maior nível de habilidade como também o hábito de dirigir com mais atenção. Os mais habilidosos são confiantes o bastante para reduzir menos a velocidade e saber que não tomarão multas. Os mais atentos por sua vez, estão alocando mais esforço mental na tarefa de dirigir o que por fim tem o mesmo efeito que um alto nível de habilidade. Percebo a questão da atenção principalmente quando pego carona. Sempre que alguém puxa um assunto interessante chegamos atrasados, provavelmente porque o motorista se distrai e passa a dirigir de maneira mais conservadora. De qualquer forma, gostei bastante da sua idéia e não acho que essa crítica seja de fundamental importância, ela apenas passou pela minha cabeça.

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  6. É impressão minha ou são os carros mais caros que furam os congestionamentos usando o acostamento? Ou sejam, os ricos tomam mais risco usando até mesmo a ilegalidade, quando tem a certeza de não punição?

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  7. Bem interessante. Apenas uma coisa, o comportamento de um indivíduo não é independendente do comportamento dos outros. Particularmente, se na minha frente tá um cara muito avesso ao risco, eu vou ter que passar na lombada na mesma velocidade que ele. O oposto nao ocorre, ou seja, um pobre atrás de um rico pode passar na velociade que bem desejar. Acho que isso viesa o estimador pra baixo, ou seja, o coeficiente capturado é mais baixo do que o verdadeiro, mas isso so mostra que sua hipotese é boa mesmo assim. ou falei besteira?

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  8. Tenho outra hipótese. O mais rico também deve ser mais bem informado. Assim, sabe que velocímetros subestimam a velocidade do carro (o erro é para menos) e a lombada tem um limite de tolerância, que é para mais. Assim, se mantém na velocidade indicada sem medo de multa. Já o menos informado prefere não correr o risco, pensando que as tolerância são inversas. Ou seja, vc estaria medindo nível educacional e não aversão a risco.

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  9. A que tipo de risco vc se refere? Integridade física ou dano ao veículo. Porque tem que considerar que os carros mais caros têm mais items de segurança, compensando a falta de cuidado do motorista.

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  10. Tomadores de risco tem uma renda média maior, como vocês separam isso do efeito renda sobre a propensão a tomar riscos de um individuo?

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  11. Bem bacana a idéia, Sérgio! Mas, já que você pediu críticas, seguem algumas, espero que sejam úteis:

    1) Pode ser que as observações sejam correlacionadas, principalmente em horas de muito movimento - isto é, a minha velocidade depende da velocidade de quem está na minha frente e assim por diante. Vocês levaram isso em conta?

    2) Pode ser que exista um problema de endogeneidade. Imagine duas pessoas com a mesma renda. Uma delas é um executivo solteiro que goste de se exibir na "balada". A outra, um professor universitário casado que não gosta de sair muito. Quem, provavelmente, vai comprar o carro mais caro? Neste caso temos que gosto por speed -> maior avg_price. Então, da mesma forma que mais renda pode levar alguém a comprar carros mais caros, uma maior propensão ao risco - sem ser decorrente da renda - pode levar a comprar carros mais caros.

    3) Erro de medida: como vocês avaliaram o preço do carro? Foi com base na foto somente?

    4) Por que duas regressões separadas para o ponto 2 e ponto 3? Alguma razão em especial? Vocês perdem precisão fazendo isso. Além disso, o que explicaria a diferença - que parece razoável - nos parâmetros estimados nos dois locais?

    5) Quais as unidades de medida de speed e avg_price? Um coeficiente de 0.005 é interessante no contexto do experimento?

    Acho que vocês poderiam colocar o erro padrão em parênteses, e não o p-valor, já que vocês já colocaram os asteriscos (***).

    PS: seria bacana ver algumas estatísticas descritivas! Por exemplo, a distribuição da velocidade média da amostra, a distribuição da velocidade média agrupada por "categoria de valor", a distribuição dos preços.

    Abs

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  12. O valor da multa vai ter impacto diferente no orçamento de quem tem carro 1.0 em comparação com carros mais caros. Como você falou o custo de oportunidade de correr o risco de levar uma multa é diferente para os grupos.

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  13. Carros são um dos principais símbolos de status de nossa sociedade, e muitas vezes os donos de carros possantes agem como se estivessem no controle do transito, assim como estão no controle da sociedade.

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  14. Pessoas que possuem carros MUITO velhos também não tomarão mais riscos ? Já que pelo fato do carro ser mais velho o dono pode optar por não pagar a multa, e assim tomar mais risco.

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  15. Prezados, sugiro um experimento um pouco diferente para tentar contradizer ou corroborar os resultados:
    - Instalar o equipamento (camuflado) em uma via movimentada em que seja possível desenvolver uma boa velocidade, num final de semana, preferencialmente num domingo;
    - Comparar as velocidades de carros de empresas (normalmente identificados com logotipos) e dos mesmos tipos de carros sem tais identificações;
    - O carro de empresa deve estar com o empregado que pegou emprestado e portanto não pode arcar com os custos de um automóvel próprio, enquanto o outro tem o automóvel próprio e portanto uma renda maior.

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  16. Bom, quando eu tinha meu fusquinha eu sempre passava muito abaixo da velocidade limite porque o meu velocímetro estava quebrado. Já quando eu troquei de carro para um Nifan, eu passava batido no limite. Recomendo excluir da amostra o percentil mais baixo do valor do carro.

    Parabéns pela ideia.

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  17. Oi, Sergio! Achei interessantíssimo o experimento. Gostaria de introduzir uma pergunta sem necessariamente sugerir resposta, rs.

    Diria que há uma premissa que pode comprometer a relação entre 'riqueza' e 'risco tomado' utilizada: a impunidade no Brasil. A premissa (não confirmada empiricamente) é que quanto mais rica a pessoa, maior a percepção da mesma de imunidade às punições em geral.

    Essa premissa complica o experimento pois é difícil medir e controlar essa percepção sem colher dados via surveys dos motoristas (por ex, depois que eles já passaram pela 'zona de observação'?).

    Isso me leva a uma questão relacionada: o experimento tem alta validade interna (para SP), mas como abordar a questão da validade externa (para outras cidades ou, mais importante, outros países)? Como é um experimento inovador, para poder adicionar à literatura sobre "risco", talvez fosse interessante considerar essa questão.

    Será que vocês conseguem mais financiamento para passar uma semana em um outro país (por exemplo, onde o sistema de justiça é mais eficiente e essa relação entre riqueza e percepção de imunidade é menos forte)? Ou talvez há uma outra maneira de fazer um controle (como os surveys mencionados acima).

    Enfim, boa sorte com a publicação!

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  18. Muito legal, parabéns Sérgio e Mauro.

    Uma sugestão, é "enriquecer" os dados a partir da placa do veículo, uma vez que daria para saber sexo, idade e endereço do condutor. Com o endereço daria para saber as informações do CENSO 2010 do setor censitário que o dono do veículo mora.

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  19. Proposta fascinante. A título de sugestão, pode valer à pena dar uma olhada no artigo de Fisman e Miguel ( JPE 2007 ), relacionado a multas de diplomatas da ONU.

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  20. Pra isso que serve nosso investimento em pesquisa?

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  21. Qual o risco que o rico está evitando? Tomar uma multa de 85 reais (com desconto 68) ou não chegar atrasado para uma reunião importante?
    Qual o risco o pobre está evitando? Perder a carteira por falta de advogado? Experimento confuso.
    Pobre não evita o risco, muitas vezes, por desconhecê-lo. Seria mais razoável avaliar a gravidade dos acidentes vs nivel social do motorista.

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    1. Vai lá e faz esse estudo caramba! Será que os professores precisam lembrar que esse estudo não é a última palavra sobre o assunto?

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  22. "É bem provável que exista aí outras coisas -- custo de oportunidade"

    No fundo, se alguém me passasse os dados e explicando o que são as variáveis, acharia muito mais que é um exercício de custo de oportunidade do que de aversão ou não ao risco.

    O valor de uma multa representa uma parcela muito maior da renda para quem tem menos dinheiro, então acaba sendo natural esperar que essa pessoa tome menos riscos de levar uma multa.

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