O pensamento econômico predominante no Brasil é desenvolvimentista, digo, subdesenvolvimentista, basta ver como a economia é conduzida. Nesse ambiente, seria estranho não existir pensadores como Belluzzo.
Por que predominam nos meios de comunicação também? Primeiro, porque os economistas mainstream não têm interesse ou tempo para o debate, talvez pensando que o mercado se regula. Ao mesmo tempo, os economistas subdesenvolvimentistas têm mais tempo para o debate e confronto, não raro sendo pagos por isso. Segundo, porque os repórteres têm mais contato com o ideário subdesenvolvimentista, até porque é bem mais sedutor, sem requerer raciocínio refinado.
Agora, o que espanta e mostra o caráter do brasileiro é um sujeito errar, falar bobagem, conduzir mal a economia, gerar esqueletos bilionários para governos futuros e ainda ser ouvido nos meios de comunicação. Merecia o ostracismo, mas ganha a fama.
Entendeu por que o Brasil é o que é?
E o Maílson "feijão com arroz" do Plano Verão?? Vive dando palestra aí sobre o que o governo deve e não deve fazer pra evitar a inflação. Pena que ele mesmo não fez nada quando teve a oportunidade.
ResponderExcluirInfelizmente, o último parágrafo é uma verdade tão grande que vale para todos os tipos.
Não quero defender o Mailson, mas não mw consta que tenha criado alfum esqueleto. Simplesmente administrou a economia como pode depois dos planos absurdos que o precederam.
ExcluirDe Losso
De Losso, quanta prepotencia…
ResponderExcluirVoce nao merece comentarios em resposta. Serio, fico triste com tanta prepotencia...
Não consigo entender.
Excluir1. Onde está a prepotência;
2. A razão de se colocar um comentário q ninguém entende;
3. A razão de vc comentar algo q vc diz não merecer ser comentado.
De Losso.
Relaxa Rodrigo. Pra atacar assim sem dizer o porquê e correr só pode ter sido um esquerdinha. Há que se ter mais paciência do que o normal com essa turma.
ExcluirEstou relaxado. Só queria ler mais comentários desse tipo: faz-me sentir inteligente e... prepotente.
ExcluirOk, vamos lá:
Excluir1- "Basta ver como a economia é conduzida". A condução da política econômica não é uma boa proxy para o pensamento econômico dominante nem aqui nem em lugar algum do mundo. Sua afirmação não procede (o que não falta é contra-exemplo).
2- Por que economistas desenvolvimentistas tem mais tempo para o debate e confronto? De onde você tirou essa afirmação totalmente preconceituosa? Tenho certeza que você não fez uma pesquisa. O ônus de provar essa afirmação é seu.
3- "não raro sendo pagos por isso". Economistas heterodoxos são pagos (quando são) tal como os economistas ortodoxos. Algum problema com esse tipo de remuneração? Seguindo seu próprio raciocínio (errado e preconceituoso), se ortodoxos têm menos tempo ocioso, estes que deveriam ser pagos para dar entrevistas (afinal, seu tempo custa mais caro).
4- "raciocínio refinado"? O que você quer dizer com isso? Por acaso, raciocínio matemático? Não meu caro, não é o quão refinado é o argumento que separa desenvolvimentistas de ortodoxos. Até porque ser refinado não é um critério altamente subjetivo. Na verdade, gostaria que você justificasse esse seu ponto. Caso contrário, não dá para dialogar (não dá para saber o que você quer dizer).
5- Não, não sou esquerdinha (seja lá o que isso significa). Sou economista com doutorado em uma economia mainstream e, além de tudo, cansado dos meus pares mal-preparados para um debate de alto nível. O preconceito cansa.
6- Se você não entende a acusação de prepotência diante de um post seu que é ao mesmo tempo fraco e desrespeitoso, sugiro você consultar a palavra no dicionário.
Forte abraço
Corrigindo:
Excluir4 - "raciocínio refinado"? O que você quer dizer com isso? Por acaso, raciocínio matemático? Não meu caro, não é o quão refinado é o argumento que separa desenvolvimentistas de ortodoxos. Até porque ser refinado É um critério altamente subjetivo. Na verdade, gostaria que você justificasse esse seu ponto. Caso contrário, não dá para dialogar (não dá para saber o que você quer dizer).
1.A condução corrente da economia segue claramente a cartilha desenvovimentista. Então, se essa cartilha não é predominante, notadamente no âmbito do governo e do Estado, por que é ela que é seguida? Qual é o pensamento econômico dominante, se não aquele expresso na política econômica que o país segue?
Excluir2. Constato isso observando pares e redes sociais, onde constuma predominar largamente comentários de viés desenvolvimentista. Admito certa dose de exagero, mas também não imaginava que a precisão era tão importante assim num post meramente opinativo. E não vejo preconceito, apenas apontei um fato. (Talvez meu ponto tenha ficado obscurecido pela minha prepotência... Eu não estou criticando a posição desenvolvimentista exatamente, estou criticando mais ainda o comodismo mainstrean, por isso a ironia sobre esse pessoal achar que o mercado resolve isso, algo que obviamente não é verdade.)
3. Nenhum problema em ser pago. Fiz alusão a pessoas que, em vez de se dedicar à pesquisa acadêmica, fazem proselitismo de sua ideologia. Como, certamente, é uma minoria dos desenvolvimentistas que agem assim (por exemplo, colocando a culpa de nosso baixo crescimento ao neoliberalismo do FHC), meu comentário foi realmente fraco e, provavelmente, falso. Mea culpa.
4. Raciocínio refinado não quer dizer matemático. Apenas ser um pouco melhor do que achar que desvalorizar o câmbio gera emprego/desenvolvimento, ou imposição de uso de insumos domésticos para estimular a indústria local (Petrobrás, recentemente, sabe). Enfim, ideias que prejudicam a maioria dos consumidores e privilegiam uma minoria de trabalhadores. olhando para um lado só da economia.
5. Não fui eu quem faz alusão ao que você é ou deixa de ser.
6. Enfim, continuo sem entender qual foi a prepotência (talvez uma opinião sua, como este post), como continuo sem entender por que alguém se dá o trabalho de comentar algo que diz não merecer comentários.
Rodrigo,
ExcluirPara quem não estava enxergando nenhum tipo de prepotência, ver você reconhecendo equívocos já mostram um grande avanço de sua parte (o que confirma minha posição inicial de que seu post era prepotente).
Sobre alguns pontos específicos levantados por você na sua réplica:
1- no texto você afirmara que o pensamento econômico predominante no Brasil era desenvolvimentista. isto é diferente de afirmar que este é o pensamento predominante no governo. A diferença é essa. Simples assim.
2- Você afirma que economistas heterodoxos são mais ociosos do que mainstream com base "no que você constata em blogs e redes sociais"? Ta de sacanagem, né? Aprecio que você reconhece seu exagero.
3- Você fez mea culpa. OK.
4- OK
5- OK
6- Sim, comentei algo que não merece comentários. Fiz isso por questões pedagógicas. Me preocupo com o que aprendem seus leitores.
1. Dado o tamanho e importância do governo na economia, não dá para dizer achar que há diferença entre o pensamento predominante do governo e do Brasil.
ExcluirO ponto do texto era entender por que predominam economistas como o Belluzzo nos meios de comunicação. Fiz o texto bem despreocupado, sem nenhuma intenção de prepotência, coisa que não acho que ele tem. Entretanto, sendo essa realmente a impressão que ficou, resta-me dizer que não foi minha intenção.
Só que eu acho um pouco arrogante de sua parte achar que pode dar lição de moral no anonimato. E soou meio falso você se preocupar com os leitores do blog. Você se preocupa com leitores de outros blogs também?
O cara colocou n pontos irrelevantes e o De Losso respondeu todos. Quanta paciência.
ExcluirDe onde surgiu tanto heterodoxo nos comentários ? Na boa vocês precisam filtrar melhor onde compartilham os links.
ResponderExcluirTem uns aluninhos marxistas-adolescentes frequentando o blog. Peço que o blog não filtre-os. Eles são fonte garantida de diversão!
ExcluirConcordo totalmente com o anônimo 21 de abril de 2014 23:27.
ExcluirE esses ultimos 3 posts sobre o ex-presidente do palmeiras me renderam muita diversão.
Só discordo de se assumir que exista um "pensamento" economico do Brasil. É muito otimismo. Minha pergunta seria em até que ponto o fato de 90% das instituições de ponta serem públicas ou quase (me refiro as fundaçoes que também sobrevivem das tetas da nação) é determinante para o baixo nível dos nossos economistas e, pior, do debate? Os poucos que conseguiriam pensar acabam se transformando em macacos ou perdidos entre tantos picaretas
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