terça-feira, 3 de dezembro de 2013

PIB fraquinho

PIB caiu 0,5% no terceiro trimestre.
Quem arrastou ladeira abaixo foi o investimento, do lado da demanda.
Do lado da oferta, indústria e serviços pararam no zero.
E o PIB do primeiro semestre foi recalculado pra baixo.
Será que o governo ainda assim vai insistir na estratégia de desmontagem da estrutura macro construída no período 2000-2007?

17 comentários:

  1. Concordo com a crítica quanto a política macro, especialmente na parte fiscal. No entanto, não me parece que a escorregada macro seja responsável pelo nosso baixo crescimento, que na minha opinião está mais associado a baixa taxa de poupança e produtividade (educação e inovação).

    Mesmo que tivéssemos seguido a cartilha macro estaríamos neste ponto de estagnação. O período de bonança (2003-2010) foi muito decorrente de um cenário externo mega favorável combinado com desemprego alto no início do ciclo. Quando o cenário externo mudou e o desemprego chegou a 6% o nosso crescimento voltou à sua mediocridade histórica.

    Economista R

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    1. claro, isso que voce disse é muito mais relevante, mas meu ponto é que a piora na margem deve sim ter sido em parte causada pela piora na politica macro.

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    2. Entendi o seu ponto. Na sua visão, por qual mecanismo a política macro teria afetado o crescimento de longo prazo?

      Economista R

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    3. Economista R, nao acha que a taxa de poupanca nacional e' diretamente impactada pelas politicas de incentivo ao consumo, aumento dos gastos de custeio, sem falar nos aumento dos programas de transferencia de renda que desincentivam poupanca privada tambem.?

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    4. Sim concordo. A rigor, sua colocacao me poe a repensar... Obrigado!

      abs

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  2. O PIB de 2012 cresceu 1,0% na revisão contra 0,9% .... a Dilma "pediu" 1,5% ...... será que o IBGE vai tomar bronca pq n mentiu o dado ?

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  3. Vocês poderiam me esclarecer um ponto: até que ponto os policy makers tem o poder de piorar a produtividade? Estímulos ao consumo e indexação de salários pioram a produtividade de maneira permanente? Gastos do governo em expansão efetam também?
    André J.

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    1. Você agora tocou num ponto importante. Quem vê os economistas falando, sobretudo os heterodoxos, acha que existe uma grande máquina no ministério da fazenda cheia de botões. E que fazer uma economia, com milhões de agentes interagindo e tomando decisões de forma independente, aumentar a produção é apenas uma questão de apertar a combinação correta de botões.

      Embora seja verdade que o governo tem o poder de definir parâmetros importantes do ambiente de negócios, sempre achei essa ideia de controle fino da economia completamente esdrúxula. O Lucas em certo sentido achava a mesma coisa.

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  4. Querem gastar 15min comentando a coluna do Gregório sobre o Estado mínimo?

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    1. http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2013/12/1379227-partido-novo-do-estado-minimo.shtml

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    2. O que há pra comentar aqui? No blog do Constantino há uma explicação do próprio Duvivier de que o texto é uma tentativa de ironia, e que ele pessoalmente é a favor de um estado grande e interventor.

      Esse pessoal esquerdalha não tem jeito. São psicópatas que se ejactam (como diria Brizola) com a ideia de interferir na vida alheia, de preferência na forma Hobin-Hood.

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  5. Olha a coluna do Vladimir "Safadlo" na Foia hoje falando que o Brasil é caro por causa não de imposto e custo trabalhistas mas po causa das desigualdades, que criam elites que pagam qualquer preço. Foda foi a compração per capita de imposto com os EUA. Que bandido...

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2013/12/1379931-o-mais-caro-do-mundo.shtml

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    1. ainda que seja, em grande parte, tudo uma grande baboseira no texto, me fez lembrar daquele papo de "missing middle" que, para alguns produtos, pode fazer sentido, sim.

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  6. Governo consegue derrubar PTF e investimento se torna rumos macro mais incertos.
    E muito BNDES significa que investimento é menos eficiente. Com juro subsidiado, até eu abro uma padaria...
    O Vladimir não fala coisa com coisa...

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    1. Não é o que diz Acemoglu e co-autores. Segundo eles, as políticas macroeconômicas tortas são mero sintomas de uma hernaça institucional ruim:

      "Countries that have pursued distortionary macroeconomic policies, including high inflation, large budget deficits and misaligned exchange rates, appear to have suffered more macroeconomic volatility and also grown more slowly during the postwar period. Does this reflect the causal effect of these macroeconomic policies on economic outcomes? One reason to suspect that the answer may be no is that countries pursuing poor macroeconomic policies also have weak "€˜institutions"€™, including political institutions that do not constrain politicians and political elites, ineffective enforcement of property rights for investors, widespread corruption, and a high degree of political instability. This Paper documents that countries that inherited more "€˜extractive"€™ institutions from their colonial past were more likely to experience high volatility and economic crises during the postwar period. More specifically, societies where European colonists faced high mortality rates more than 100 years ago are much more volatile and prone to crises. Based on our previous work, we interpret this relationship as due to the causal effect of institutions on economic outcomes: Europeans did not settle and were more likely to set up extractive institutions in areas where they faced high mortality. Once we control for the effect of institutions, macroeconomic policies appear to have only a minor impact on volatility and crises. This suggests that distortionary macroeconomic policies are more likely to be symptoms of underlying institutional problems rather than the main causes of economic volatility, and also that the effects of institutional differences on volatility do not appear to be primarily mediated by any of the standard macroeconomic variables. Instead, it appears that weak institutions cause volatility through a number of microeconomic, as well as macroeconomic, channels."

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    2. CESG, existe evidência empírica de que incerteza macro afeta o crescimento?

      Economista R

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  7. Talvez o Brasil deveria implementar uma devaluação fiscal:

    http://www.fedeablogs.net/economia/?p=34158

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