terça-feira, 15 de julho de 2014

Onde fui roubado



Vale a pena conferir o site:


Nele, as pessoas podem informar que foram roubadas e fornecer detalhes do roubo, como localização exata, tipo de crime e objetos roubados (incluindo uma estimativa do valor dos mesmos). 

Essas informações podem ser úteis para complementar os dados oficiais, pois várias pessoas deixam de reportar crimes por acreditarem que a polícia não fará nada para solucioná-los. Para a cidade de São Paulo, cerca de 50% dos crimes reportados ao site não tiveram Boletim de Ocorrência.

Claro, tem muita seleção nesse dado também. Uma amostra disso é a distribuição de crimes (reportados ao site) entre os bairros de São Paulo. Abaixo os 10 mais "violentos" (em termos de fração de roubos nos últimos 90 dias):

1 
Pinheiros
3,0%
2 
Consolação
2,6%
3 
Vila Mariana
2,5%
4 
Bela Vista
2,0%
5 
Butantã
1,9%
6 
Ipiranga
1,8%
7 
Liberdade
1,5%
8 
Santo Amaro
1,4%
9 
República
1,2%
10 
Saúde
1,0%


Note que não há nenhum bairro da periferia, onde a violência é conhecidamente mais elevada. Provavelmente, as pessoas estão mais informadas sobre o site nos bairros mais centrais da cidade (ou possuem mais acesso à internet).

2 comentários:

  1. Esse site só serve para orientar o cidadão quanto a lugares e horários onde possivelmente o perigo seja maior. Certamente a burocracia para registro de um B.O. é deveria ser muito menor mas diferentemente do que ocorre no site a informação deve ser verificada e isso introduz alguns custos no relato da ocorrência.

    Se a polícia passasse a utilizar dessas informações, eu faria diariamente dezenas de falsos registros visando garantir maior policiamento em áreas que frequento. Há de se lembrar que indivíduos respondem a incentivos!

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  2. Outra coisa que contribui para isso é o fato de que são bairros com mais trânsito de pessoas. É óbvio que nesses lugares existirão mais ocorrências.

    Seria interessante se tivesse como coletar uma taxa de assaltos "per capita" de cada bairro... Mas é difícil pois é uma conta que deveria envolver não o número de habitantes, mas sim o número de pessoas que passam por lá todos os dias (como exemplo, não conheço muito SP, mas na minha cidade, o Centro quase não tem residências, as construções são voltadas para lojas e escritórios. Apesar disso, por ali passam bem mais pessoas todos os dias que nos outros bairros mais periféricos).

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