Foi com certo ar de reprovação que alguns jornais divulgaram esses dias a existências de vários cursos pagos na USP. São mais de 20 mil alunos inscritos nesses cursos -- uns falam em 22 mil, outros em 28 mil. Esperava um tom de lamento, dado que esses números poderiam e, a meu ver, deveriam ser muito maiores.
Nem todo mundo tá feliz com isso. Veja por exemplo o que diz o presidente do sindicato dos professores da USP:
"A educação é um direito social, que não se paga", defende Ciro Correia, presidente da entidade. !A universidade é pública. Não pode haver esse conflito de interesses."
Veja a lógica dessas afirmações: é preferível que os cursos fechem, os vinte e tantos mil alunos migrem para outros cursos (possivelmente de qualidade inferior e todos na mão dos capitalistas malvados do setor privado) e a universidade e os professores (que o sindicato diz defender!) percam os trocados que estão todos ganhando com isso -- trocados que a universidade, em particular, usa para fazer manutenção na infraestrutura das salas de aula e dos prédios.
Dá pra levar a sério esses caras? Quer dizer então que devemos taxar mais ainda as pessoas para financiar curso de MBA e especialização, "direitos sociais" segundo o seu Ciro?
Enfim. são ideias como essa que impedem as universidades brasileiras de realizarem o seu potencial (tem muito estudante e professor bom aqui).
sindicato só serve pra garantir o interesse dos próprios lideres, verdadeiros parasitas
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