terça-feira, 19 de agosto de 2014

Churrascão da Greve da USP


Parece piada, mas não é. Amanhã teremos outro trancaço da USP. Veja abaixo o panfleto que o Sindicato dos Trabalhadores da USP distribuiu convocando seus filiados para a manifestação.

O evento é bizarro por duas razões:

(1) porque é simplesmente inconstitucional, incivilizado e imoral que esse pessoal impeça as pessoas de entrarem na universidade;

(2) porque é absolutamente risível que estejam criticando/opondo-se ao reitor por tentar sanar o imbróglio financeiro em que a USP se encontra do jeito que é possível e que qualquer um seu lugar faria: cortando custos (porque o Estado dificilmente vai transferir mais dinheiro para a universidade, que já consome um bom naco do ICMS arrecadado).

O mais interessante é que vai ter churrasco em todos os portões. Quer dizer: vai ter churrasqueira com brasa queimando, porque o que assar mesmo -- como você pode ler na parte destacada em vermelho -- você vai ter que trazer. O evento pode ser um prato cheio para ensinar para essa turma o problema de free riding.

Seria interessante convocar para um "abertaço" dos que querem trabalhar -- tenho certeza que iria "outnumber" a turma do trancaço. Ê país...




11 comentários:

  1. Tem um pessoal da Poli que já criou no facebook um "estudaço"

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  2. Olha, não quero ser superficial, mas não "vai estar dando pra estar segurando":

    CAMBADA DE VAGABUNDO.

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  3. Fica tranquilo, Sergio, vai dar para trabalhar amanhã. A entrada no campus vai ser permitida para quem der 1kg de picanha para eles no portão 1. Mas tem que ser picanha.

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    1. Bullshit. Aposto que compro minha entrada com 500g de coração e um par de moelas.

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  4. Qual das duas classes de direitos abaixo possui prioridade num curtíssimo prazo? Mais precisamente, qual das opções abaixo é menos importante? (atenção: são escolhas mutuamente excludentes no curtíssimo prazo)

    - indivíduos ficarem localmente e temporariamente com seu direito de ir e vir obstado, ou

    - famílias ficarem dois meses sem verbas de caráter alimentar (corte de ponto) por exercerem o direito constitucional de greve (extensão natural da liberdade de expressão e de associação)?

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    1. O senhor é totalmente livre para buscar uma colocação que lhe pague melhor e não obrigue sua família a passar por o que quer que seja.

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    2. Além disso, o que o faz pensar que o seu direito à "verbas alimentares" precede o direito de qualquer outro indivíduo às mesmas "verbas alimentares"? Indivíduos que o seu movimento impede de chegar ao trabalho, por exemplo.

      E, estivesse muito preocupado em ter o que comer, não teria tempo pra greve. É tão simples quanto isso.

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    3. É evidente que a prioridade é a do primeiro grupo. Afinal, fazer greve foi uma escolha. Ninguém está te obrigando.

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  5. Sérgio, por que você não está na FGV ou PUC da cidade maravilhosa?

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    1. O fato de ser professor da USP implica necessariamente em ter que se submeter à agenda estapafúrdia da minoria radical? "Junte-se ao movimento ou vá dar aula aos playboys"?

      Maravilha de argumento.

      Se a situação na USP é insustentável, por que os grevistas não vão dar aula na FGV ou na PUC-RJ?

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  6. Não haveria trancaço se o reitor negociasse. Não haveria informações do que está acontecendo sem pressão. Tudo sempre é feito por baixo do pano. Se ninguém reclama ou se manifesta é sinal que está tudo bem. O rodas comprou o silêncio dos trabalhadores com o plano de carreira e fez o que quis. E o campus de Lorena? Adicionado a USP mediante a um aumento no repasse das verbas que não ocorreu. E a nova unidade em Jau, interior de São Paulo, administrada pela Esalq-USP? Verba não tem, mas as expansões ocorrem a todo vapor.

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