quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Mulheres no mercado de trabalho


Meu tio, o X, disse que as mulheres devem ser prestigiadas. Esse Sérgio disse que eu tenho "poor grasp" de economia. Bom, eu ia ficar no meu cantinho quieta, mas esse machismo dele me irritou.

Pois bem, antigamente a divisão do trabalho era assim: homens para tarefas que exigiam mais força física, mulheres para tarefas mais delicadas. Mas hoje não tem mais tanto essa de força física ser uma característica relevante para determinar vantagens comparativas. Por isso estou aqui. Posso ler o Mas-Collel que nem os homens, posso digitar também esse post. Como o tal do Sérgio.

E por essa mudança tecnológica a coisa foi ficando mais igual entre mulheres e homens. Mas após milenios de vantagem comparativa determinada por força, criou-se o tal preconceito. E por isso o processo de convergência é lento. E também porque as mulheres têm vantagem comparativa com filhos (homens não dão leite, e são desajeitados), claro.

Com a pílula, máquina de lavar e de secar, começamos nossa revolução. Não tem volta, é questão de tempo. Pergunto pro machão do Sérgio: quanto disso é endógeno (quero dizer a máquina de lavar e de secar)?

11 comentários:

  1. "Mas hoje não tem mais tanto essa de força física ser uma característica relevante para determinar vantagens comparativas."

    Só em profissões de escritório. Quero ver quantas carregam saco de cimento.


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    1. Embora existam mulheres capazes de carregar sacos de cimento, esse tipo de força é cada vez menos necessária, mesmo em uma obra de construção, aliás existem inúmeras mulheres trabalhando como "pedreiros".

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    2. Anônimo7 de novembro de 2013 09:53

      Tem mulheres como "pedreiras", se se passo em qualquer obra vejo que a maioria é homem, nunca vi mulher, só em notícia de jornal.
      As que demandam esforço físico sempre serão dominadas por homens, porque naturalmente são mais fortes (não quer dizer que todo homem consegue trabalhar numa obra).
      Esse "tipo" de força sempre vai ser necessária. Como vc acha que apareceu o prédio?
      Olhe profissões como bombeiro, vc acha certo as mulheres terem que correr menos e fazerem menos barra na hora do concurso? Imagina depois se precisa arrombar uma porta ou carregar uma pessoa? Tem que ter condição física.

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    3. Nem sempre vai ser necessária, daqui uns 100 anos alguém duvida que vão ser robôs que vão fazer o trabalho pesado? O Cochrane postou outro dia sobre o tema (um texto horrível, bem preconceituoso, mas msm assim) .

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    4. Anônimo7 de novembro de 2013 09:53

      Daqui a 100 anos. Mas isso não vai mudar a natureza.

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  2. Eu acho que algumas profissões vão ser dominadas por homens sempre, justamente porque em algumas areas, força vai seguir importante: bombeiros, pedreiros, forças armadas, etc. Mas mesmo nessas areas, força está ficando relativamente menos importante. Além disso, o outro lado da moeda é que em algumas profissões as mulheres vão sempre dominar, penso nas profissões em que delicadeza é vantagem comparativa, como enfermagem, babá, ensino no jardim de infância, etc

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  3. Qualquer profissão de risco ou com alta pressão emocional será eternamente de maioria masculina. CESG as mulheres por terem mãos menos tremulas são ótimas soldadoras.

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    1. Mulheres não podem se submeter à risco e pressão emocional? Explique melhor.

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    2. Respondendo pelo anônimo de 11:09: Qualquer profissão de risco ou com alta pressão emocional será eternamente -DE MAORIA- masculina
      Podem mas não querem. Homens em média são mais risk-takers e estão mais dispostos a escolher profissões de "alta pressão emocional".

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  4. Nunca entendi por que economistas são em geral tão sexistas.

    Quem acha que pedreiro (não servente), bombeiro e membro das forças aramadas são trabalhos que requerem força claramente não faz a menor ideia do que é trabalhar nessas profissões.

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    1. Não são os economistas sexistas, é a natureza.
      Nem todos homens conseguem fazer profissões como a que vc citou. Mas a proporção de mulheres é menor ainda.

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