sábado, 23 de novembro de 2013

Trabalhando mais duro na recessão

Nos EUA, a produção caiu 7% na grande recessão, mas as horas trabalhadas caíram mais: 10%. Ou seja, a produtividade aumentou. Mas de que forma? Mandando embora trabalhadores menos eficientes ou com aumento de produtividade dos trabalhadores que seguiram empregados?

Um novo paper do NBER: "Do workers work harder during economic downturns?" mostra evidência empírica de que os trabalhadores empregados ficaram mais produtivos durante a crise, trabalhando mais duro. Ou seja, a alta de produtividade não veio de efeito composição na força de trabalho.

Os autores olham para unidades de uma mesma empresa em diversos estados norte-americanos, estados com taxas diferentes de desemprego agregado estadual. Eles identificam que nos locais com mais alta de desemprego, os trabalhadores tornaram-se cerca de 5% mais produtivos que os dos estados com desemprego baixo, ambos grupos desempenhando tarefas similares.

Ou seja, em locais com mais chance de perder o emprego, o trabalhador se empenha mais. Evidência indireta dos modelos clássicos de salário eficiência, no qual esforço depende de probabilidade de se perder a vaga via monitoring num mundo de desemprego mais alto que o de equilíbrio justamente por conta do "salário eficiência mais elevado".

6 comentários:

  1. Muito bacana este resultado. "Quando a água bate na bunda dai todo mundo aprende a nadar."

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  2. Pode ser por que o Estoque de Capital não alterou ? Assim o K/L cresceu 11% levando a um pequeno aumento na produtividade do trabalho.

    E a PTF como tá ?

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    1. Que tal ler e entender o que foi escrito antes de sair cuspindo o manual?

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    2. Não, o ponto é central para o argumento. Se esse aumento da produtividade parcial é apenas devido ao aumento na razão K/L, não há por que falar que trabalha-se mais duro nesta crise.

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    3. kkkk....aumento na razão K/L?!? Você tá com colheita de soja ou linha de montagem em chão de fábrica na cabeça. Leia a p... do paper. Produtividade é a quantidade de transações que o trabalhador consegue completar em 1h. Dada a natureza dos serviços da companhia cujos dados estão sendo utilizados, a produtividade é controlada inteiramente por esforço. K/L é uma não questão aqui.

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    4. Oi Marcelo,
      boa pergunta.
      nesse caso não é esse canal, pois não se trata de redução aumento do desemprego dentro da firma, mas sim a nível do estado. se a firma esta num estado com muito desemprego, os trabalhadores tornam-se mais produtivos com o mesmo k/l da firma.

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