Pois é, esse foi o resultado fiscal primário (sim, você não leu errado, primário, ou seja, sem contar juros) do governo em setembro. no acumulado do ano, o superávit é de 1,5% do PIB, e o governo ainda promete 2,3% para o ano todo! Mas no último trimestre sempre tem mais despesa, então a média piora...será que o governo acha que somos idiotas, ou o Mantega não sabe fazer essa conta mesmo?
A decomposição: os gastos correntes cresceram 80 bilhões no ano, o governo deu 50 bilhões em isenções tributárias, e o investimento público cresceu ridículos 1 bilhão no ano
Tá difícil assim...
Subiu bastante o gasto com seguro-desemprego. Agora ele, Mantega, disse que vai obrigar a quem pega seguro-desemprego a se matricular em retreinamento. Tomara que dessa vez a coisa ande.
Eu achei que a gente tinha superado essa discussão do feijão com arroz da macroeconomia alguns anos atrás, mas infelizmente estamos tendo que experimentar algumas barbeiragens... Meu medo é que quanto mais empurram com a barriga, mais doloroso será o ajuste lá na frente.
ResponderExcluirIsso mesmo, professor, esse é o medo de todos nós
ResponderExcluirUma pena isso Dudu. Você acha que podemos criar um mecanismo institucional que diminua os graus de liberdade de afrouxo fiscal no nível federal? Se sim, qual seria o mecanismo?
ResponderExcluirDiminuir os graus de liberdade dos gastos públicos? O governo acabou de liberar a mudança retroativa das dívidas dos estados e municípios! O governo acabou de divulgar o plano de subsídio à compra de eletrodomésticos! Liberdade para gastar no presente o no futuro, sempre. Essa fala do Mantega me sugere que inicialmente iremos liberar R$3 bi para ONGs e sindicatos se estruturarem para oferecerem treinamento técnico.
ResponderExcluirSem mudança do ministro, indicando real compromisso, não podemos achar nada diferente de que estamos voltando para 2002.
Dantas
Dantas, é por isso que acho precisamos de um mecanismo institucional mais forte. Qualquer governo em ciclo eleitoral é pressionado a aumentar os gastos, não é exclusividade deste governo ou do Brasil.
ExcluirPrecisamos, concordo. Mas aponto que a movimentação da política não é somente contrária ao estabelecimento de limites, é praticante (ideologia, propaganda e corrupção) da ampliação da atuação e dos gastos. E esse tema não envolve o eleitor. Mas inflação envolve, então o BC foi liberado para segurar a batata quente. Então voltaremos aos juros altos, deficit púlbco no limite e cambio valorizado. Até o juizo final.
ExcluirDantas
Moro fora do Brasil ja ha um bom tempo e nao consigo entender como os gastos com seguro desemprego explodiram quando o desemprego esta nas, ou no minimo bem proximo das, minimas historicas.
ResponderExcluirPergunto sem sarcasmo, alguem poderia elaborar sobre isso, o que mudou? Houve algum afrouxamento de regras que esta levando a abusos/fraudes?
"Será que o governo acha que somos idiotas, ou o Mantega não sabe fazer essa conta mesmo?"
ResponderExcluirOs dois....
Anônimo 00:14, acho que pode ter a ver exatamente com maior empregabilidade, pois isto pode significar maior rotatividade.
ResponderExcluirCasas Bahia contrata um cara pra montar móveis, passa um ano o montador de móveis tá cansado, diminui a produtividade o gerente manda o cara embora, daí o cara fica 6 meses no seguro desemprego, depois encontra outro emprego e começa tudo de novo...
Este é o exemplo de um primo meu...
A parcela de trabalhadores que ganha perto do mínimo tem a sua disposição o salário desemprego como férias adicionais remuneradas, posto que ele tem a certeza de achar um emprego assim que o salário desemprego acabar. Alguns setores tem rotatividade de 100% da folha em 1 ano! Imagina o custo da folha para o empregador! Imagina a baixa produtividade. Imagina o custo para o INSS. É o perfeito exemplo de poítica boazinha que provoca efeitos secundários deletérios.
ExcluirDantas
Obrigado pelos comentarios, fazem sentido, entendo um pouco melhor agora.
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