Não satisfeito, Mercadante voltou à carga em 1989 em defesa de um plano de bloqueio de liquidez.
De acordo com o autor de artigo abaixo, Carlos Eduardo Carvalho (PUC-SP), na época coordenador do Programa de Governo da candidatura do PT à Presidência da República em 1989, o bloqueio implementado no governo Collor guarda íntima conexão intelectual com artigo “Crise e Reforma Monetária no Brasil”, de Belluzzo e Almeida (1990).
"Publicado em 1990, o trabalho de Belluzzo e Almeida explica adequadamente as medidas iniciais do Plano Collor e as opções adotadas em seguida pela equipe econômica do novo governo. Há coincidências literais entre a Exposição de Motivos n. 58, as declarações de Collor e Zélia no anúncio do bloqueio e o texto de Belluzzo e Almeida (1990). Pode-se considerá-lo como parte integrante da elaboração do Plano Collor e como a melhor exposição de seus objetivos e do diagnóstico que o orientava." [...]
"Tanto a Exposição de Motivos n. 58 quanto as palavras de Collor e Zélia mostram coincidências quase literais com o texto de Belluzzo e Almeida.
Os dois autores afirmam que o texto foi escrito com propósitos acadêmicos, em 1988-1989, e que ignoram de que forma teria sido utilizado pela equipe de Zélia. Considerando as ligações de muitos economistas da Unicamp com a assessoria econômica do PMDB na época e com seu candidato, Ulysses Guimarães, é muito provável que o documento tenha sido discutido pela equipe de Ulysses. Quando a sua candidatura se esvaziou, na reta final do primeiro turno, a proposta de bloqueio da liquidez foi levada à assessoria econômica do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, pelo economista Antônio Kandir. A proposta foi recebida com muita reserva em reunião de economistas no Comitê de Lula, apresentada por Aloizio Mercadante, assessor econômico de Lula. A proposta passou então a ser discutida em um grupo menor, organizado por Aloizio e outros dirigentes do PT, em paralelo à equipe que elaborava o plano de governo. Depois do segundo turno, de volta de viagem ao exterior, Kandir foi incorporado à equipe de Collor e Zélia, quando a proposta teria sido apresentada ao grupo que discutia as medidas de combate à inflação."
Não satisfeito, Mercadante voltou à carga em 1989 em defesa de um plano de bloqueio de liquidez.
ResponderExcluirDe acordo com o autor de artigo abaixo, Carlos Eduardo Carvalho (PUC-SP), na época coordenador do Programa de Governo da candidatura do PT à Presidência da República em 1989, o bloqueio implementado no governo Collor guarda íntima conexão intelectual com artigo “Crise e Reforma Monetária no Brasil”, de Belluzzo e Almeida (1990).
"Publicado em 1990, o trabalho de Belluzzo e Almeida explica adequadamente as medidas iniciais do Plano Collor e as opções adotadas em seguida pela equipe econômica do novo governo. Há coincidências literais entre a Exposição de Motivos n. 58, as declarações de Collor e Zélia no anúncio do bloqueio e o texto de Belluzzo e Almeida (1990). Pode-se considerá-lo como parte integrante da elaboração do Plano Collor e como a melhor exposição de seus objetivos e do diagnóstico que o orientava." [...]
"Tanto a Exposição de Motivos n. 58 quanto as palavras de Collor e Zélia mostram coincidências quase literais com o texto de Belluzzo e Almeida.
Os dois autores afirmam que o texto foi escrito com propósitos acadêmicos, em 1988-1989, e que ignoram de que forma teria sido utilizado pela equipe de Zélia. Considerando as ligações de muitos economistas da Unicamp com a assessoria econômica do PMDB na época e com seu candidato, Ulysses Guimarães, é muito provável que o documento tenha sido discutido pela equipe de Ulysses. Quando a sua candidatura se esvaziou, na reta final do primeiro turno, a proposta de bloqueio da liquidez foi levada à assessoria econômica do candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, pelo economista Antônio Kandir. A proposta foi recebida com muita reserva em reunião de economistas no Comitê de Lula, apresentada por Aloizio Mercadante, assessor econômico de Lula. A proposta passou então a ser discutida em um grupo menor, organizado por Aloizio e outros dirigentes do PT, em paralelo à equipe que elaborava o plano de governo. Depois do segundo turno, de volta de viagem ao exterior, Kandir foi incorporado à equipe de Collor e Zélia, quando a proposta teria sido apresentada ao grupo que discutia as medidas de combate à inflação."
As origens e a gênese do Plano Collor
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-63512006000100003&script=sci_arttext
Mercadante: pior como economista ou como comunicador?
ResponderExcluirMercadante contra a ortodoxia da embalagem de Maizena...
ResponderExcluirSensacional! rs
ResponderExcluir