quinta-feira, 15 de maio de 2014

E se a Alemanha construísse nossas estradas?


Corrupção é um problema grave. Frequentemente encarece o custo das coisas (sobretudo de bens providos pelo Estado como estradas, escolas, tranposição de rios etc); e existe até evidência empírica que corrupção afete a taxa de crescimento da economia (ver artigo do Paolo Mauro sobre isso aqui), sendo muito mais custoso do que pareça à primeira vista.

O assunto é importante -- sobretudo para quem mora no Brasil como eu (e não é que a posição do Brasil no ranking de percepção da corrupção piorou nos últimos dois anos, caindo de 43 para 72?); mas como quem está metido nessas falcatruas não passa recibo nem documenta todas as operações e pessoas envolvidas na trambicagem, é difícil juntar dados para mensurar o tamanho desses custos.

Discriminação de terceiro grau e corrupção
Li hoje que a seleção da Alemanha está construído sua própria estrada no Brasil* (a notícia está aqui). Os caras ficaram insatisfeitos com a qualidade das estradas que conectam o centro de treinamento e os estádio onde se realizará os jogos do time na primeira fase (será que vai ser com a qualidade de uma autobahn?). 

Na verdade isso nem devia ser surpreendente. Para quem não lembra, foi reportado no ano passado que a Alemanha também construiria seu centro de treinamento (ver notícia aqui).

Fique pensando: e se tivéssemos acesso aos dados de custo de construção por m² (CUB) tanto do CT quanto da estrada? Decerto que há algo similar (em termos de padrão de construção) sendo construído na região. É claro que não dá pra inferir muita coisa série de um par de observações, mas seria de todo informativo descobrir se e quem está sendo cobrado um "prêmio" em relação aos custos comuns de construção: os alemães por serem "gringos ricos" (discriminação de preço de 3º grau) ou o os contratantes por trás do setor público por serem mais propensos a cobrar "por foras" (corrupção)?

Hipóteses
H0: CUB Alemão > CUB setor público > CUB comum
H1: CUB setor público >> CUB comum = CUB alemão

Na veracidade de qual hipótese das duas hipóteses acima você apostaria: H0 ou H1? Ou você acredita numa outra relação?

* Atenção: a matéria é fake. Fica a ideia.

9 comentários:

  1. Sérgio, vc caiu na piada. A matéria é fake!

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    1. Mas a ideia em si não precisa da matéria.

      Os alemães não são regidos pela Lei 8.666/93, então estão em vantagem.

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  2. Rodapé do site: "Fique atento!
    G17 é um site de humor e as "notícias" aqui publicadas não devem ser levadas a sério, muito menos servir como fonte de informação, pois se tratam de sátiras e piadas sem qualquer fundo de verdade (saiba mais)."

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  3. Link para matéria do G17 !!!!! Em pleno 2014
    hahahahaha

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  4. O asterisco veio de uma edição ou estava no texto original?

    Obviamente, isso não é mais importante do que o ponto do post. Mas se a alteração no texto for qualquer coisa a mais que um typo (como é o caso), vale deixar os leitores informados. Dá credibilidade.

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  5. Sergio, humildemente faço algumas sugestões: pq não escreverem colunas de opinião? Convidem mais algumas pessoas, 2 artigos novos por semana, com um visual decente, já é suficiente (imagino) pra chamar a atenção. Poderiam também fazer uma seção mensal estilo Becker-Posner, sei lá, copiem coisas legais de fora. O blog poderia ser mantido para comentarios curtos. Tá na hora de crescer e assumir responsabilidades!

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    1. Muito obrigado pelas sugestões. As coisas vão caminhar na direção que você sugeriu na velocidade e medida que for possível.

      Um entrave grande tem sido o desenho do novo website. Tem sido difícil encontrar gente boa e profissional nesse ramo que faça uma coisa que agrade um cara chato e perfeccionista como eu. Mas achei uma "Patek Philippe" do Wordpress que está criando um site com look mais profissional. Tá saindo.

      O importante mesmo é conteúdo; e conteúdo precisa de mais gente; e mais gente boa que escreva pelo puro prazer de fazê-lo como é o caso (por preferência revelada) dos que já escrevem aqui é difícil de encontrar.

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