Aprendi isso com FK. É tudo uma questão de agente-principal.
Vou supor que todos os alunos são homogêneos e se importam apenas com a nota. Essa é uma hipótese forte, mas ela serve para focar na questão de incentivos.
O objetivo do professor (principal) é que os alunos (agentes) aprendam. O melhor dos mundos é não haver prova. Os alunos estudam e o professor os recompensa com a nota. Os alunos não precisam passar nervoso por causa do exame, e o professor não precisa perder tempo corrigindo.
O problema é que o professor não observa o esforço dos alunos. Sabendo disso, os alunos não estudam, porque sabem que vão ganhar nota de qualquer jeito. E no fim ninguém aprende.
Ou seja, a prova existe para dar o incentivo correto nessa situação. É importante que a prova seja bem desenhada, para que haja uma correlação forte entre resultado e estudo. Nesse caso, quanto mais o aluno estuda, maior sua nota esperada.
Note que é crucial que o professor pague o custo e corrija a prova. Se a nota for aleatória, não haverá correlação entre esforço e resultado, e o incentivo a estudar será nulo.
"O objetivo do professor é que os alunos aprendam" é outra hipotese forte. abs. sgold
ResponderExcluirSim, o post foi escrito por um professor. Algum viés vai ter.
ResponderExcluirSe vc substituir "aprendam" por "estudem", o argumento é o mesmo.
Se o prof. "pagasse o custo" de corrigir exercícios similares aos da "prova bem desenhada" em sala de aula, talvez a prova seria desnecessária e o custo de correção seria unitário frente ao da correção de N provas.
ResponderExcluirNa escola de graduação do FK o objetivo do professor não é o de o aluno aprender mas sim o de colocar questões f@d@s nas provas... pra ver que é o mais pica no QI
Legal, Mauro.
ResponderExcluirNão vejo nada de errado.
Bons alunos utilizam a nota como balizador da eficiência do estudo. Ela é necessária mesmo se ele fosse passar com nota máxima de qualquer jeito.
ResponderExcluirSim, esse eh um bom ponto. Nesse post quis focar na questao dos incentivos, entao supus q os alunos sao homogeneos. Ou seja, deixei esse aspecto de lado.
ExcluirA correlação a ser buscada nao é é entre nota e estudo, e sim entre nota e conhecimento/domínio. Aluno que se esforça e nao prende tem que ser reprovado com ainda mais rigor. Infelizmente, contudo, muitas provas e trabalhos medem esforço e paciência e nao conhecimento e domínio da disciplina.
ResponderExcluirSe o aluno estuda e nao aprende, das duas uma: i) ele nao se esforca, ii) ele tem alguma limitacao. Se for i, meu argumento segue. Se for ii, nao sei se eh o caso de punir o aluno. Talvez tentar o porque (e possivelmente corrigir) dessa limitacao.
ExcluirAinda em relação a "o objetivo do professor é que os alunos aprendam", é um pouco irônico que um professor de economia, treinado para identificar comportamento racional nas escolhas dos agentes em geral, atribua com muita facilidade comportamento altruísta a si mesmo.
ResponderExcluiroutros objetivos poderiam ser "também aprender", "fazer bonito", "identificar os melhores alunos", e, é claro, "receber salario".
Neste ultimo caso, é um pouco obvio que o salario de professores de universidade publica nao depende de que os alunos aprendam, ou sejam aprovados, mas nas universidades privadas (mesmo as que nao tem fins lucrativos), onde os alunos pagam mensalidade, não é tao obvio.
Finalmente, é curioso que o economista identifique o "principal" ao professor, e não à instituição que o contratou (no caso das públicas, talvez seja a sociedade). Acrescentando este outro principal, talvez apareçam outros comportamentos racionais, por parte do professor, no que se refere à aplicacao e correcao de provas.
espero estar sugerindo que a questao pode ser mais interessante,
com consideracao, sgold.
O objetivo do post foi explicar o problema de agente-principal em um contexto intuitivo. Tem uma serie de hipoteses no exemplo, mas eh soh para torna-lo mais simples. Nunca tive o objetivo de falar q professor eh diferente do resto em termos de benevolencia. Todo mundo reage a incentivos. No questi
Excluiron about it.
Sim, vc pode considerar a direcao da escola como principal (ou pais dos alunos em escolas primarias e secundarias). E mesmo no setor publico, nao da para avacalhar completamente. Alunos reclamam e o chefe do depto pode tomar uma atitude. Pode inclusive ocorrer processo administrativo. A chance de demissao eh baixissima, mas o custo nao eh nulo.
WHY DID YOU LEAVE THE MOST INTERESTING PART OUT, SUPER-HIPER-DYNAMICTRADE-JME-ARROGANT-FAG (henceforth SHDTJAF)?
ResponderExcluirI explain: FK did this and it worked!! The students did not solve for the subgame perfect equilibrium and actually studied hard for the exam. Then FK, on exam's day, cancelled it ! This is my boy!
Now, having said that, the problem is this: now students know better about FK and about Subgame Perfection. That being true, what should FK do? He cant fool the boys anymore...
What should he do, SHDTJAF ? I tell u: he should play mixed strategies! Say toss a coin and grade the exams if it is tails. This way he economizes on time and keep the boys solving those stupid lagrangians.
He actually did it?! Didn't know that.
ExcluirWell students know fk won't teach forever. They know that in the year of his retirement he will not grade the exams. They should then use backward induction and not study today.
Não sei qual o sentido de exaltar qualquer ponto positivo do FK como professor.
ResponderExcluirPor trás dessa aparente "racionalização economica do ensino", está a desculpa para dar um curso nas coxas sobre temas que sabidamente já foram dados (ensinar o mesmo conteúdo das matérias que são pré-requesito daquela que você está dando?), completamente desinteressante (será que o pesquisador magna cum laude do ITA não consegue dar UMA aula interessante ou é pura preguiça mesmo?), e com aulas de no máximo 40 minutos. Ou seja, no fim essa racionalização arrogante (writing with another profile and in a different language just to praise your own professional conduct only reinforces your arrogance, fyi) só gera alunos que no fim do curso vão saber menos sobre economia. Considerando isso, o diagnóstico mais claro é que temos mais um caso clássico de professor que liga o FOD*-SE para os alunos.
Professor Mauro, suas aulas são ótimas. Não siga esse caminho por favor, keep up the good work!
Essa doeu.
ResponderExcluirPunk o anônimo, haverá resposta?
ResponderExcluirCara, FK é de longe um dos melhores professores da FEA, uma estrela. Só ignorar a parte de microeconomia, que todo mundo já sabe e não vai ser útil até a prova da Anpec, e focar nas piadas e nas lições de vida/economia ( a que importa de verdade, não esses langrangesinhos tontos ) que o MITO dá ao longo de seus 40 minutos de explanação da vida pós-moderna. ( Que são bem melhores do que 1.30 de outros por aí).
ResponderExcluirEsse anônimo deve ter tirado nota baixa por não ter aprendido micro com os Madeiras e tá com mimimi por que esperava aprender coisa inútil com a lenda FK. Sério, essas coisas tem nos livros, FK só tem na aula.
E não fui irônico.
Oi FK.
Excluirnão se abale fk, qualquer 5 minutos de parte de aula sua são muito mais enriquecedores do que 1h e 50 de professores que só cumprem tabela, tentando impor alguma imagem de professor sério (logo "bom"?) com medo de que os alunos percebam o quão pouco valor eles agregam. Aprendi sobre como funciona uma união monetária e entendi melhor os problemas da zona do euro (laaa em 2011) por sua causa, mesmo essa questão não fazendo parte do programa
ResponderExcluirsó para deixar claro, e apesar de estilos bem diferentes, o professor Mauro também é excelente, talvez o melhor de toda a graduação, e tenho certeza que não sou o único a achar isso
ExcluirCom exceção ao De Losso, todos os professores presentes nesse blog são muito bons.
ResponderExcluirCom exceção ainda do Sergio e do Fk.
ExcluirExatamente. Seria estranho se você não pensasse assim.
ResponderExcluirTodos os comentários deste blog são muito bons, com exceção dos seus.
Caros, aceitem as críticas de maneira construtiva! Deve existir algum motivo para tantos alunos elogiarem as aulas do Mauro (e não são elogios por ser fácil passar com ele), e criticar sistematicamente outros, não?
ResponderExcluirCheers
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ExcluirRealmente as aulas do De Losso são péssimas.
ResponderExcluirO pior de tudo é a arrogância dele.
As aulas do Mauro realmente são excelentes.
FK poderia ser um pouco melhor caso ele tivesse vontade.
Nossas, tantos professores feanos que não entendem este conceito básico de prova bem desenhada e correlação forte entre tempo de estudo e nota. A saber: Fernando Botelho, Gilberto sei lá o quê, Ricardo Madeira....
ResponderExcluirDiscordo quanto ao RM. Obviamente não sei se é seu caso, mas quando cursei matéria com ele quem reclamava eram os que queriam ter um diploma da usp sem esforço e a prova foi um difícil justo, compativel com a aula boa que ele dá.
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