terça-feira, 26 de novembro de 2013

Reajuste dos Planos


O STF pode quebrar o Brasil se aceitar os pedidos, que totalizam quase 200 bilhões em compensações.

E não faz sentido economico-jurídico nenhum. A mudança nas regras da poupança se deveram a quedas abruptas da inflação após os planos econômicos (naquela época era tudo remunerado pela inflação defasada), e não à malandragem. E ainda assim, os poupadores obtiveram ganhos reais expressivos.

Parem a marcha da insensatez!

30 comentários:

  1. CESG, se esse trambolho for aprovado o BCB deve afrouxar todas as regras de política monetária e expandir indefinidamente os agregados para dar solvência ao sistema ?

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  2. Pois é cara, o Brasil n tem como dar certo com essas coisas.

    A indexação é pra preservar o valor futuro não corrigir o valor passado.

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    1. Preservar valor futuro? Donde saiu essa...o reajuste era idêntico a inflação acumulada, ou seja olhava pra trás.

      Fala aí pra gente: a escola onde vc estuda é ruim ou você é fraco mesmo?

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  3. Debate entre o Prof. Carlos Eduardo e Delosso. Seria legal ler os argumentos de ambas as partes em um fórum.

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  4. Parece que não existe consenso entre bons economistas brasileiros nesta questão:

    http://rgellery.blogspot.com.es/

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    1. Jesus, I read Ellery´s comment.
      Amazing. The guy says 150 billion in losses are not a problem because the Money will end up in the bank again. I am stunned. So i grab 150 billion from you and because I lend you this Money back, this does not affect your decisions????? Is it a joke?

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    2. Vc vai ficar apenas gritando e balançando as mãos pro alto ou vai dizer de forma pedagógica qual é o erro nesse raciocínio?

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    3. Banks w less capital have to cut back on lending. It is called Basilea, arrogant wacko

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  5. Meus pais ganharam uma fortuna com o dinheiro retido pelo plano Collor, e eu não sabia até o CESG contar! Vou mandar uma carta de agradecimento pro nosso ex presidente!!

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  6. A polêmica é interessante. Vamos considerar os argumentos do De Losso.
    Em primeiro lugar, por que se diz que os planos impuseram perdas aos poupadores? As perdas já existiam, eram impostas pela aceleração da inflação, pois a poupança era reajustada por um índice de inflação defasado. Claro que se a inflação caísse, e o depósito continuasse lá, a perda seria recomposta, pois a inflação defasada seria maior que a corrente. Mas aí teríamos uma impossibilidade econômica, pois se todos os contratos na economia fossem reposto ao seu valor real de contração, as partes somariam mais que o todo. Vale para salários, para alugueis, para tudo. Em suma, os planos, por mais malucos que fossem, apenas consolidaram as perdas. Todos, os mal sucedidos e o bem sucedido, fizeram isso. Caso contrário, continuaríamos tendo partes maiores que o todo e a inflação permaneceria.
    Em segundo lugar, já é muito difícil um gestor público tomar decisões no Brasil. Ele pode ser processado criminalmente se mandar cortar uma árvore, se comprar algo de melhor qualidade (ou que tenha alguma qualidade), que seja mais caro, etc. E o De Losso propõe responsabilizar pessoas por decisões coletivas tomadas em momentos de emergência? Quem seria responsabilizado? Sarney e Color? Funaro (já morreu, mas tem herdeiros), Sayad, Bresser João Batista, Mailson, Zélia (já sofreu sua pena), Pérsio, etc. A decisão não foi de nenhum deles e burradas como congelamento e abono salarial do Cruzado não podem ser imputadas aos economistas da época. Quando eles bolaram os planos, certamente não tinha isso e depois não dava para recuar. Vão aparecendo a medida que o plano passa de um gabinete para outro. Não vai sair mais decisão nenhuma. Responsabilizá-los por incompetência implica dificultar ainda mais o processo decisórios. Lembrem-se da dificuldade de conseguir diretor (responsável) para o BC depois do Chico.
    E o provisionamento dos bancos? Quem disse que deveriam provisionar? A decisão de provisionar depende de uma avaliação de risco que é subjetiva e não se provisiona centenas de bilhões, com todo o custo que isso acarreta, sem uma avaliação concreta de risco, e n o caso o que existe é incerteza.
    Por fim, os bancos lucraram? Acho que não, pois boa parte do ativo foi corrigida pelos mesmos índices do ativo. Vão cobrar dos mutuários ou o prejuízo será cedo ou tarde repassado ao resto da população? É claro que a segunda hipótese prevalecerá.

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  7. Por que nao faz sentido juridico??? Como se joga isso addim sem argumentacao?!? Menos arrogancia, mais argumentos...

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    1. concordo, de onde cesg tirou que não faz sentido jurídico?


      "E o provisionamento dos bancos? Quem disse que deveriam provisionar? A decisão de provisionar depende de uma avaliação de risco que é subjetiva e não se provisiona centenas de bilhões, com todo o custo que isso acarreta, sem uma avaliação concreta de risco, e n o caso o que existe é incerteza."

      Lógico que devem provisionar! Essas ações não são novas! Bancos internacionais lidam com riscos (ou incertezas) muito mais complicadas de precificar diariamente. Já conversei com vários advogados, nenhuma disse "relaxa, a chance de os bancos perderem é 0". A resposta padrão é "é provável que os bancos ganhem, em especial devido à pressão do governo, mas há possibilidade de um revés, vide como o processo vem se alongando."

      Outro ponto, Brasil não vai quebrar se o STF aceitar os pedidos. Os bancos, em especial os públicos, sofrerão perdas, mas o dinheiro continua no sfn. Dar ou não ganho de causa, entretano, é uma questão jurídica.

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    2. Provisão afeta lucro, ou seja, é uma decisão sujeita a escrutínio da Receita. A probabilidade de saída de recursos, as obrigações presentes devem ser avaliadas e classificadas em: (a) provável; (b) possível; ou (c) remota, resultando respectivamente: (a) uma provisão; (b) um passivo contingente divulgado; e (c) um passivo contingente não divulgado. A probabilidade de ocorrência de desembolso é uma estimativa da administração, baseada nas informações disponíveis naquele momento. Existindo um fato novo que justifique, uma dada contingência pode mudar de remota para possível ou provável. Não se pode provisionar simplesmente por querer.

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    3. esse processo está rolando faz tempo. faz a provisão justamente para proteger o caixa da empresa. se uma ação judicial pode gerar um passivo grande e probabilidade não é nula de perda, deve sim fazer a provisão. justamente porque a perda é, no mínimo, remota mas não negligenciável. Isso não é provisionar simplemente por querer, é gestão responsável

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  8. Se não tivesse sentido júrídico, seria uma discussão bem boba, e seria muita besteira o governo "fazer pressão". A não ser q estejamos morando num país de malucos (?!?!)
    E de acordo com o orgao de defesa do consumidor desse caso, o valor total das ações chega no maximo a 18 bilhões.

    E gostei de um trecho do blog q postaram acima,
    "a justiça “cega” é certamente uma das mais importantes, uma justiça que “olha” quem vai ser prejudicado (ou beneficiado) antes de tomar decisões é mais prejudicial à economia do que uma crise financeira"

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  9. Fato curioso/teoria da conspiração: a consultoria do coutinho e seus funcionários produziram um estudo catastrofista da causa e fizeram barulho que até rendeu matéria e artigo no valor de ontem e hoje. CSEG (que trabalha para tal consultoria) vem pelo blog falar que o sfn vai quebrar, todo mundo vai morrer e o mundo vai explodir se o stf aprovar a causa. Algum(s) grande(s) bancos(s) devem ter pago bem pros caras se venderem assim! Money talks!

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    1. Olá, covarde. Quando os bancos reclamaram que redução de spread dos bancos públicos não afetaria juro de mercado, que era uma idiotice, eu fui aos bancos privados e disse que eles estavam errados. Disse que esse mercado não tinha concorrência perfeita, então a medida do governo poderia sim afetar taxa. E que se não empurrassem o juro pra baixo do custo marginal, seria ruim para os donos dos bancos mas bom pra sociedade. Eu não sou covarde como você. Eu falo o que penso, ninguém compra minha opinião seu anônimo de merda.

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  10. 1 - Fazer provisão de 200 bilhões é igual a detonar o sistema financeiro. E tem gente nos comentários que ainda argumenta que deveriam ter feito provisões pra lidar com risco...meu deus, 30% do capital é igual a crise financeira, será que é difícil entender isso??

    2 - O engraçadinho que comentou sobre as perdas do pai no Plano Collor. Caro gênio da raça, muitos pais foram detonados ali, não apenas o seu. Mas o ponto não é esse, gênio, o ponto é: os bancos não ganharam.

    3 - Quem desenhou os planos econômicos foi o governo. GOVERNO.

    4 - O meu argumento é: a mudança da regra de remuneração não levou a perdas dos poupadores (leiam o artigo do Bernard Appy, ex-integrante do governo LULA sobre o tema, se estiverem achando que eu estou aqui pra defender bancos, talvez ajude ver a opinião de alguém que pensa economia bem diferentemente de mim).

    5- Era pra mudar mesmo o padrão de indexação com o fim da inflação que se seguiu aos planos, meu bom deus.

    6 - Olhem a lista de quem assinou o documento enviado ao STF. Tem Delfim e FHC. Um dueto improvável, apenas possível dada a gravidade do problema.

    7 - Suponha que os estudos feitos tenham falhas, e que o poupador perdeu. Quem ganhou? O banco? Não, prezados comentaristas anônimos, os mutuários do SFH, que é pra onde vai a poupança.

    8 - "Sentido jurídico": ok, empreguei mal o termo, pois não sou advogado. eu só quis dizer que é uma imbecilidade injustificável.

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    1. Dado que os bancos não ganharam, e sim os poupadores, a única conclusão a que chego é que os poupadores devem dar o dinheiro de volta pros bancos!!

      Ass: Gênio da raça

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    2. Pra vc concluir isso do que falei eh pq de fato você eh mesmo um gênio da raça. Esta provado agora.

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    3. "E ainda assim, os poupadores obtiveram ganhos reais expressivos.". Se eles tiveram ganhos reais, quem teve perdas reais? O bispo?

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  11. Dudu:

    Eu não acho que o caso tenha que ser julgado de acordo com o impacto que vá ter nos bancos, mas sim de acordo com as leis.

    Isto dito, noto que os bancos fizeram exatamente aquilo que seus reguladores mandaram, no caso CMN e BC (alguém consegue imaginar um banco se recusando a cumprir uma Resolução do CMN desta importância?). Se há um réu, deveria ser o governo federal.

    Abs

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    1. Por isso que disse nos comentários do meu post, http://economistax.blogspot.com.br/2013/11/os-esqueletos-dos-planos-mirabolantes.html, que os bancos fizeram o que a lei mandava.

      Agora, se tiverem que pagar alguma coisa, devem processar o Governo Federal.

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    2. E quantos anos (ou décadas) demora um processo desses até transitar em julgado a sentença na ultima instância? Até lá, os efeitos já ocorreram e, se os bancos ganharem, apenas surge um novo esqueleto e novo desastre.

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    3. It is government's sole fault.
      But i cannot agree w the Javert-like argument anyway. It is not always true that what is exante optimal should be expost implemented.
      The excusable default literature suggests contracts are not always sacrossant. This is not optimal.

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  12. Como sempre, o debate no Brasil é uma bosta.

    1. Onde estão os dados e as contas que os produziram? Tem gente falando em mais de 1 trilhão e outros falando em 8 Bi. Quantas pessoas são realmente potenciais beneficiárias? Qual o valor médio da correção por R$ depositado?

    2. O que diz a p.. do contrato que supostamente se subscreveu quando se colocou dinheiro em poupança ao longo desse período? Quais são as condições estatutárias desses contratos? O que eles dizem sobre o mecanismo de remuneração? Ele dizem algo sobre estarem passíveis de mudanças pela autoridade monetária com ou sem prévia comunicação?

    3. Os bancos fizeram ou não provisão pra isso? Esses processos já duram décadas e os bancos já vinham tomando na cabeça em instâncias inferiores...Se já estão em boa parte provisionados, qual o real impacto no volume de crédito considerando que parte desse dinheiro volta sim pro balanço dos bancos na forma de depósitos? E se perderem, a correção de depósitos é imediata ou o SFT pode determinar um pagamento parcelado?

    Muitas questões. Mas como sempre apenas análise de orelhada de quem acha que sabe uma ou duas coisas.

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  13. Dudu, li o artigo do Appy (na verdade parei no meio para vir escrever) que me fez lembrar uma ótima história do querido professor Manolo, falando sobre o PROER (ou da época um pouco antes dele):
    "então naquela época, eu vinha, pegava o táxi pra vir pagar o boleto do apartamento...e olhem só, o táxi era mais caro que a parcela da prestação....então vcs podem ver que foi uma bela distorcao de preços e blablabla".
    Se tem alguma coisa a ver ou não com a história de agora, não sei. Mas o espírito da coisa é o mesmo. né?

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  14. " Por fim, é grande a chance de que as instituições privadas consigam recuperar seus prejuízos por meio de ações de regresso contra a União, pois tudo o que fizeram à época dos planos econômicos foi cumprir a lei."

    Ouso dizer, então, que tá tudo de boa. Podemos parar de estragar o fígado com essas discussões raivosas e ir jogar bola na praia.

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  15. O problema é que eu sou meio ruim de bola...

    Abs

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