sexta-feira, 1 de novembro de 2013

- 10 bilhões


Pois é, esse foi o resultado fiscal primário (sim, você não leu errado, primário, ou seja, sem contar juros) do governo em setembro. no acumulado do ano, o superávit é de 1,5% do PIB, e o governo ainda promete 2,3% para o ano todo! Mas no último trimestre sempre tem mais despesa, então a média piora...será que o governo acha que somos idiotas, ou o Mantega não sabe fazer essa conta mesmo?

A decomposição: os gastos correntes cresceram 80 bilhões no ano, o governo deu 50 bilhões em isenções tributárias, e o investimento público cresceu ridículos 1 bilhão no ano

Tá difícil assim...

Subiu bastante o gasto com seguro-desemprego. Agora ele, Mantega, disse que vai obrigar a quem pega seguro-desemprego a se matricular em retreinamento. Tomara que dessa vez a coisa ande.

11 comentários:

  1. Eu achei que a gente tinha superado essa discussão do feijão com arroz da macroeconomia alguns anos atrás, mas infelizmente estamos tendo que experimentar algumas barbeiragens... Meu medo é que quanto mais empurram com a barriga, mais doloroso será o ajuste lá na frente.

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  2. Isso mesmo, professor, esse é o medo de todos nós

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  3. Uma pena isso Dudu. Você acha que podemos criar um mecanismo institucional que diminua os graus de liberdade de afrouxo fiscal no nível federal? Se sim, qual seria o mecanismo?

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  4. Diminuir os graus de liberdade dos gastos públicos? O governo acabou de liberar a mudança retroativa das dívidas dos estados e municípios! O governo acabou de divulgar o plano de subsídio à compra de eletrodomésticos! Liberdade para gastar no presente o no futuro, sempre. Essa fala do Mantega me sugere que inicialmente iremos liberar R$3 bi para ONGs e sindicatos se estruturarem para oferecerem treinamento técnico.
    Sem mudança do ministro, indicando real compromisso, não podemos achar nada diferente de que estamos voltando para 2002.
    Dantas

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    1. Dantas, é por isso que acho precisamos de um mecanismo institucional mais forte. Qualquer governo em ciclo eleitoral é pressionado a aumentar os gastos, não é exclusividade deste governo ou do Brasil.

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    2. Precisamos, concordo. Mas aponto que a movimentação da política não é somente contrária ao estabelecimento de limites, é praticante (ideologia, propaganda e corrupção) da ampliação da atuação e dos gastos. E esse tema não envolve o eleitor. Mas inflação envolve, então o BC foi liberado para segurar a batata quente. Então voltaremos aos juros altos, deficit púlbco no limite e cambio valorizado. Até o juizo final.
      Dantas

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  5. Moro fora do Brasil ja ha um bom tempo e nao consigo entender como os gastos com seguro desemprego explodiram quando o desemprego esta nas, ou no minimo bem proximo das, minimas historicas.
    Pergunto sem sarcasmo, alguem poderia elaborar sobre isso, o que mudou? Houve algum afrouxamento de regras que esta levando a abusos/fraudes?

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  6. "Será que o governo acha que somos idiotas, ou o Mantega não sabe fazer essa conta mesmo?"
    Os dois....

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  7. Anônimo 00:14, acho que pode ter a ver exatamente com maior empregabilidade, pois isto pode significar maior rotatividade.
    Casas Bahia contrata um cara pra montar móveis, passa um ano o montador de móveis tá cansado, diminui a produtividade o gerente manda o cara embora, daí o cara fica 6 meses no seguro desemprego, depois encontra outro emprego e começa tudo de novo...
    Este é o exemplo de um primo meu...

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    1. A parcela de trabalhadores que ganha perto do mínimo tem a sua disposição o salário desemprego como férias adicionais remuneradas, posto que ele tem a certeza de achar um emprego assim que o salário desemprego acabar. Alguns setores tem rotatividade de 100% da folha em 1 ano! Imagina o custo da folha para o empregador! Imagina a baixa produtividade. Imagina o custo para o INSS. É o perfeito exemplo de poítica boazinha que provoca efeitos secundários deletérios.
      Dantas

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    2. Obrigado pelos comentarios, fazem sentido, entendo um pouco melhor agora.

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