terça-feira, 5 de novembro de 2013

Acenda a luz quando for ao banheiro


Ser economista nos leva, às vezes, a linhas de pensamento meio esdrúxulas. Esta me ocorreu frequentando toaletes corporativos.

Alguns desses toaletes (como o dos professores da FEA, por exemplo) recebem boa iluminação natural. É normal, portanto, que muitos usuários não acendam a luz quando o utilizam. No entanto, sempre que entro em um banheiro desses, se a luz está apagada não espero encontrar ninguém lá dentro e me surpreendo quando encontro alguém.

Pensando nisso é que me ocorreu que a luz acesa pode ter outro propósito além da sua óbvia utilidade para iluminar o recinto. Qual seja, de sinalizar para quem está do lado de fora que há alguém também utilizando o toalete. Este papel de sinalizador é bastante relevante para o pessoal da limpeza, por exemplo. Especialmente, quando se trata de gêneros opostos (mulher limpando toalete masculino ou homem limpando toalete feminino).

Lembre-se disso da próxima vez que for ao banheiro: seu hábito de conservação de energia pode ser confundido com alguma tara. Na dúvida, acenda a luz.

9 comentários:

  1. A pesquisa academica de ponta tambem revela, Marcio, que se voce colocar uma especie da alvo dentro da privada, mija-se menos para fora do vaso. Li isso no Nudge, eu acho. No aeroporto de SP eu vi um aviso na parede com uma seta indicando pra baixo, mas aí o cara pode querer acertar na seta, nao? Esse anuncio na parede dever ser coisa do Arno Augustin, certo Antoninho? Ele leu Nudge mas nao entendeu porra nenhuma..

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    1. Professor Dudu, em muitos restaurantes da Europa coloca-se uma mosca (em auto-relevo) no mictório. A ideia é o sujeito literalmente acertar na mosca e, assim, mija-se menos para fora.

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    2. No São Cristóvão tem um golzinho de futebol de botão. Só corintiano que não acerta porque gosta de um zero a zero.

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    3. O Pato acerta sim, bem no meio do gol.

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  2. Que iluminação de bosta
    Jô Soares

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  3. Obrigado pela reação galera. Olha só, ocorreu-me um corolário interessante dessa teoria de que a luz acesa do banheiro serve como sinalizador de que há alguém utilizando-o. Pense, agora, em um banheiro de uso individual. Daqueles em que você entra, acende a luz (obviamente, depois deste texto), tranca a porta e faz o que tem que ser feito. O corolário da teoria é que não há necessidade de trancar a porta!! A luz acesa já é uma "estatística suficiente", já fornece a informação de que o banheiro está ocupado.

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    1. Mas há uma ineficiência implícita não? Vc pode esquecer a luz ligada e o banheiro ficar desocupado, dado que existe um custo de verificação bem desagradável se as pessoas deixam a porta do banheiro aberta qdo lá estão. Esse custo justifica a solução que vemos normalmente: luz em todo banheiro e portas trancadas.

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    2. Mas, nesse caso, o papel de sinalizador da luz acesa fica diminuído. Ou seja, a implicação natural da teoria é: acenda a luz ao entrar e apague a luz ao sair. A recomendação de política, no caso, é instalar aquelas luzes que detectam presença, acendendo e apagando automaticamente.

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