segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Eu não li o paper do Cochrane (wonkish)

Esse no qual ele critica a ideia de que politica fiscal expansionista e forward-guidance possam ser uteis no ZB do juro.

Li a introdução. A ideia é que nesses modelos novo-keynesianos faz-se equilibrium selection, e que se você não escolher o equilíbrio que nego normalmente escolhe, não tem recessão/deflação no zero bound.

Chocrane, vai ver se eu to na esquina vai...

Pô, equilíbrio selection tem até no modelo do Solw, cacete. Tem um steady state com k = 0. Em economia a gente sempre faz equilibrium selection, não entendo porque num modelo novo-Keynes de monetária isso seria mais estranho. Parece implicância do Chocrane, que é 100 vezes mais inteligente que eu, mas disse em 2009 que o multiplicador fiscal é sempre 0.

Ele fala do puzzle dos modelos novo-Keynes no ZB. É assim: precisa gerar mais expected inflation pra sair do ZB, então destruir prédios e outros ativos, ou fazer gasto do governo que não serve pra nada, ajuda segundo o modelo. Porra, Chocrane, o modelo é pra nos fornecer intuições importantes, caramba. Ninguém que defende mais expansionismo fiscal nos EUA, por exemplo, tá pedindo pra cavar e encher buracos. A solicitação de um outro radical, o Joseph S., é de investir em infraestrutura, que está aparentemente depauperada.

Não fiz as contas do seu paper, mas não gostei dele mesmo assim

17 comentários:

  1. Nada mais pedante do que a utilização desnecessária de termos em inglês.
    Existe em português "desutilidade marginal do trabalho", "inflação esperada/expectativa de inflação", por exemplo.
    Se você fosse um jovem que regressou recentemente de uma longa temporada de formação nos EUA, até dava pra aliviar. Mas você fez tudo na USP. E pelo que eu saiba, no Butantã a rapaziada fala português mesmo.
    Volta pra engenharia, economia não é lugar pra fresco não.

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    1. O que há de pedante nisso? Tudo o que professores e alunos lêem na FEA está em inglês! É natural que se use os termos como originalmente aprendidos. Só se sente ofendido com isso quem tem algum tipo de problema de auto-estima. Língua é apenas um código. Desde que nos entendamos, pouco importa se é o código A ou B ou C que estamos usando. Língua não o define. Nem ele nem ninguém. Caráter sim. Recebemos uma língua por mera fatalidade do destino (ninguém escolheu onde nascer). Larga de ser limitado e aprenda a se comunicar em outros "códigos" ou não se importe com quem se sente confortável fazendo isso. Você é sempre livre pra não ler os posts do professor "pedante".

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    2. 입 닥쳐 주시기 바랍니다, 당신은 모든 인류를 당황하고 있습니다.

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    3. que engraçado tanta raiva;
      olha, se quiser pode vir aqui na minha sala para uns rounds de porrada, mas não vale arma, tem que ser na mão mesmo. round em português é round mesmo.

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    4. É por gente com esse tipo de mentalidade que as universidades no Brasil não se internacionalizam. Povinho míope.

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    5. Não é raiva caro "Dudu", só quero te lembrar que muita gente na FEA te acha um trouxa.

      Quem sabem assim você não baixa a bola e se torna uma pessoa mais agradável. Você tem seus momentos, não é um caso perdido. Só precisa de alguém te falando ao ouvido "César, és humano!".

      Vê se reduz o boxe e vai trabalhar, teu artigo sobre metas de inflação já é bastante antigo, não se pode viver apenas de glórias do passado.

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    6. Sempre vai existir alguém que nos acha trouxa. Não importa quão bondoso, simpático, etc sejamos. O que importa é a razão entre [Número de pessoas que nos acha trouxa] / [Número de pessoas que NÃO nos acha trouxa]. A razão do Dudu é certamente próxima de zero. Já a sua...have a guess?

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    7. "Não é raiva caro "Dudu", só quero te lembrar que muita gente na FEA te acha um trouxa."

      Que cara imbecil é esse? O Dudu é um dos melhores e mais esforçados professores da FEA. As aulas de Micro dele mereciam ser gravadas de tão boas. E isso está em falta naquela espelunca odiável

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    8. oh, mané, tá velho mesmo o paper. não sou um bom pesquisador...mas já no boxe..

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    9. Professor da FEA bom de briga.... HAHAHAHAHAHA!!!!

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    10. Eu sou fã do Dudu. Melhor pessoa, imposível. Não me conhecia pessoalmente e me mandou seus slides do curso de intro à economia para eu os usar como ajuda no meu curso aqui na Espanha (traduzidos, claro). Como docente, mesmo eu não tenha tido aulas com ele, seus livros são claríssimos, uma beleza de pedagogia. Como acadêmico também é muito bom. Não entendo que tenha elementos que o critiquem.

      Alejandro

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    11. "Trouxa" (e covarde) eh quem se esconde atras do anonimato pra fazer ataques pessoais.

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    12. Alejandro, quanto tempo! Seu português está perfeito...abraços
      Jorge, obrigado.

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  2. Também só li a intro e o abstract. Talvez estejamos fazendo a mesma coisa que o Delfim e o Beluzzo (criticando livros pela orelha), mas em defesa do Cochrane: ele pode estar dizendo que o canal implicado pelo modelo NK é frágil. Não seria a melhor ferramenta para análise.

    Um exemplo:

    E se, no fim das contas, tudo for causado por choques de TFP e de preferências, e esse papo de ZB não importar em nada? No modelo neoclássico tem um equilíbrio só. Sim, tem o estado estacionário com k=0. Mas vc só entra nele se o capital inicial for nulo. Caso contrário, vc converge sempre para o mesmo lugar.

    Ou seja, esta estrutura é mais robusta do que uma cheia de equilíbrios diferentes.

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    1. mas nos NK models não eh assim uma loucura de M.E, mauro

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    2. Isso está no site do Cochrane, referindo-se ao paper:

      Skip to the pictures if you're busy. A new last paragraph defends the basic NK model.

      Now I am puzzled...

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  3. Caro Colega Carlos Eduardo,

    Beleza, anotei aqui. Na próxima dou uma aliviada.

    Att,

    Cochrane.

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