quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Mais dois partidos

Solidariedade e PROS, são os dois mais novos partidos brasileiros. Agora temos 32. Talvez suba para 33 na semana que vem, com o REDE da Marina.

Temos muitos partidos? Depende.
Nas disputas majoritárias (presidente, governadores, senadores e prefeitos) não. Nas eleições presidenciais, o número efetivo de partidos desde 94 fica em torno de 2. No caso de governadores, senadores e prefeitos não passa, em geral, de 3 ou 4. Nada fora do padrão das democracias pluripartidárias.

O que destoa é a fragmentação partidária nos legislativos. Na Câmara dos Deputados, o número efetivo de partidos não para de crescer. Com o Solidariedade e o PROS deve alcançar algo próximo a 10, dependendo de quantos deputados irão subtrair dos demais partidos.

O país ficará ingovernável por causa disso? Não. Os Executivos têm amplo poder de agenda e vários estudos empíricos mostram que o voto no Congresso brasileiro tem base partidária. Ou seja, há alguma ordem na sopa de letrinhas partidárias, mesmo nos Legislativos. Mas os custos transacionais e fiscais do nosso presidencialismo de coalizão estão crescendo. Já estamos no limite da disfuncionalidade ou próximos dele? Talvez, mas é difícil responder taxativamente.

3 comentários:

  1. O problema da nossa democracia seria seu custo direto (tamanho do Estado)? O pior são os custos decorrentes da incapacidade de coisas simples serem votadas e o planejamento ter sido substituido pelo remendo. O governo atual é a síntese do remendo, onde experiência e conhecimento foram substutuídos por voluntarismo e ignorância.
    Dantas

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  2. O problema Ricardo é que nessa bosta de sistema proporcional, tem 1000 candidatos a deputado. Como você faz pra escolher?

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  3. "Já estamos no limite da disfuncionalidade ou próximos dele?"

    O que precisa acontecer para que fique caracterizado esse limite de disfuncionalidade? Entre os países democráticos que não estão em guerra, e por qualquer métrica de custo ou performance que se adote, somos provavelmente o parlamento com pior performance.

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